quarta-feira, 6 de março de 2013

Miki...?


Hoje é o segundo dia de exames dos alunos e falta muito pouco para o maio acabar, pois é dia 26. Os alunos estão fazendo seus exames muito concentrados, porém a mesa de Miki ficou vazia rápido. Peter acaba de fazer sua prova e a entrega ao professor Tetsuo.
-Tem certeza que deseja entregar sua prova agora? Não quer revisar as respostas?
-Não, obrigado, mas eu já fiz isso.
-Então tudo bem. Você pode ficar no corredor, mas terá que aguardar para ir embora.
Peter olha para a sala e cruza seus olhos com os de Bruna. Ela o olha com raiva, e vira para sua prova. Os outros alunos o olham com um pouco de espanto, pois ele levou pouco tempo para realizar a prova.
Peter anda em direção à porta , abre-a e sai da sala. Ele fecha a porta e olha o corredor. Miki está um pouco distante da sala, em frente a uma janela, perto da escada leste. A janela está aberta e está soprando um vento que balança um pouco os cabelos dela. Peter se aproxima dela.
-Você saiu ontem antes de todos e fez isso novamente.
-É mesmo? – perguntou ela, sem se importar muito.
Está chovendo lá fora. Miki estava observando a chuva. Peter olha pela janela e vê que a chuva está caindo num ritmo normal, sem estar forte nem fraca.
-Yuki Kaoru. Esse era o nome da garota que morreu naquele dia no hospital.
Miki olha para baixo e se entristece um pouco, mas Peter não consegue notar, pois o cabelo dela cobre uma parte de seu rosto.
- Yuki... Yuki era minha prima. Costumávamos estar sempre juntas. Ela era muito próxima de mim e mais íntima.
Peter olha para os lados
-Ah – começa ele, mudando de assunto – sobre o ocorrido 25 anos atrás, como a história termina?
Miki olha para ele.
-Ninguém te contou?
-Não – respondeu ele, um pouco desanimado por não saber de nada.
-Entendo. Acredito que seja a atitude mais sensata. – disse ela, virando-se para a janela.
Peter olha para baixo.
-Sabe, há algo que estou pensando desde que iniciei meus estudos nessa escola, e eu desejo lhe perguntar sobre isso. Por que nossa classe, nossos colegas, inclusive os professores, agem como...
-Porque eu não existo. – respondeu ela.

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