sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Sentimentos

Não! Você não sabe de nada... Você sequer estava ali para saber nem mesmo viu alguma coisa... Você não nasceu como um monstro para saber como é!...

Você não sabe. Você não entendeu o medo que ela enfrentou para estar ali! Como pode falar assim dela?

Suas mãos... Sua voz... trêmulas...frias...seu rosto pálido...o medo... Mas... mesmo assim ela não fugiu de mim. Ela jamais me deixou sozinho. Ela nem sequer largou minha mão.

Ela sabia que se soltasse minha mão... Eu... Eu nunca mais voltaria. Se ela soltasse minha mão... Eu abandonaria todos pra nunca mais voltar. não quero dizer que estou curado. Não é que ela tenha curado todas as minhas feridas. Há muitas dores que ainda sinto. Mas o mais importante... Aquilo que tem mais valor para mim... É ela estar comigo. E saber que ela sempre estará ao meu lado.

Fica feliz por qualquer besteira. Quase tudo a faz sorrir. Um sorriso verdadeiro e sincero, sempre. Mas por quê? Por que não pensa mais em si mesma? Por quê? Não acha que isso é desvantagem? Não vê que ser assim é uma tolice?

Eu te amo! Te amo! Assim, desse jeito. Eu amo você.

Desde quando... ouvir meu nome se tornou algo tão especial? Apenas quando você o chamava? Se for para ver você sorrir... Eu faria de tudo ao meu alcance. Desde quando... comecei a pensar em idiotices como essa? Desde quando? Quando comecei a te amar assim? Desse jeito que não tem mais volta? Quando?

Eu te amo. Não quero mais te roubar nada. Não quero mais pisar em ninguém. Nunca mais, lá no fundo, eu... já desejei que você ficasse para sempre ao meu lado.

Desejo guardar para sempre todas as lembranças... ao mesmo tempo tenho vontade de banir tudo da minha memória.

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Dia das Bruxas

No dia 31 de outubro, Halloween, é o dia mais sombrio do calendário. É aquele dia que os mortos podem caminhar tranquilamente entre os vivos. Espíritos podem possuir as pessoas com mais facilidade. As almas amaldiçoadas conseguem refazer seus atos. Os fantasmas passam a ter uma existência mais "física". Alguns espíritos voltam para se vingar; E a Morte caminha ao seu lado.

Isso tudo acontece por causa do tecido que separa o mundo espiritual do nosso mundo. Nesse único dia do ano, esse tecido fica mais fraco e permite que os mortos caminhem ao lado dos vivos. As pessoas que estão num estado entre a vida e a morte podem fazer com que seus espíritos vaguem por aí.

Esses espíritos vivem no limite da realidade e habitam o algo entre a luz e a escuridão. Habitando entre a sanidade e a loucura, estão as ilusões, causadas nessa época do ano. Muito cuidado. Não acredite em tudo que você ver hoje. Pode não ser real.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Apaixonada

Nunca achei que me apaixonaria na vida. Sempre achei essa coisa de amor, coração acelerar, suar frio, tudo bobagem de garota. "Nossa, quando fulano passa na minha frente, eu me derreto" Blergh, que preguiça. Não conseguia me imaginar "derretendo" por ver alguém. Muito menos não conseguir falar na frente da pessoa. "Minhas colegas são todas bestas", eu pensava. Não tinha como eu passar por tudo aquilo. Eu não via nada de especial em ninguém, nenhuma característica diferente que me chamaria a atenção.

Lógico que no fim das contas, acabei me apaixonando. Eu ficava embaraçada na frente dele. Eu não sabia o que dizer. De repente, ele sempre estava nos meus pensamentos. Meu estômago embrulhava só de lembrar da voz dele. E quando ele me dava oi, eu ficava toda mole por dentro. Droga, como pude deixar isso acontecer comigo?

Eu aceitei que estava gostando, mas "vai passar", eu sempre pensava. Mentira, não passou nada. Foi ficando maior. Eu comecei a sonhar com ele. Sonhos que me faziam sorrir. Aí estar com ele era bom, me fazia sorrir mais ainda. Eu me divertia. Era bom estar com ele. Passávamos horas conversando. Sobre o que? Qualquer coisa era assunto. Literalmente qualquer coisa virava assunto, e se prolongava por horas.

Acabei tomando coragem de me declarar para ele. Mas ele tomou a dianteira. Eu fiquei feliz, queria pular, gritar, correr, festejar, tudo ao mesmo tempo. Não era possível que ele gostava de mim. Isso simplesmente não queria entrar na minha cabeça. eu fiquei sorrindo igual uma besta. ele devia ter pensado "será que foi engraçado?".

E aí, vem todos aqueles outros sentimentos juntos. Querer cuidar, querer estar junto. A paixão vira amor. E o amor é duradouro. Todas aquelas coisas que a nós fazíamos juntos ficaram mais divertidas. e todas aquelas coisas chatas que eu tinha que fazer sozinha, sua presença deixaram as coisas menos chatas. Coisas chatas não ficam legais, elas ficam menos chatas.

Você me faz rir quando eu não tenho nenhum motivo. Você cuida de mim, você me ama, e eu amo você. Você faz de tudo para me fazer sorrir. Quando você não pode me ajudar, você me dá forças, você me mostra um novo caminho, um novo jeito de olhar os problemas. Você me escuta, e sempre tenta fazer o seu melhor por nós dois.

Então bate aquela preocupação no meu coração: será que eu te faço feliz como você me faz? Será que eu consigo ser para você tudo que você é para mim?

Eu me esforço para ser a melhor para você. Eu não quero que outra apareça e tome meu lugar. Acho que eu tenho conseguido. Eu espero.

Depois de me apaixonar, depois de descobrir que eu amava você, muitas coisas começaram a surgir junto do amor. O desejo de ser feliz ao seu lado. O desejo de que você seja feliz comigo. Que nós dois possamos admirar a Lua juntos, por muitos e muitos anos, até ficarmos bem velhinhos. De poder sentir o toque de seus dedos nos meus todos os dias. De poder ouvir sua voz todos os dias. De compartilhar os bons momentos, e de te ajudar nos maus. E você me ajudar quando eu precisar.

Você me faz sorrir quando eu ia chorar. E quando eu choro, você fica comigo.

Pois é, acho que mudei muito depois de gostar de você. Eu gosto dessa mudança. Eu quero poder sentir isso por você enquanto eu viver. E quero que você sinta o mesmo enquanto você viver.

Vamos nós dois dar as mãos e observar a Lua cheia.


segunda-feira, 22 de setembro de 2014

O resgate

Ana estava voltando de um passeio com suas amigas. Elas tinham ido ao shopping e Ana ia dar carona para uma amiga que morava perto de sua casa. Elas tinham ido ao shopping, viram um filme no cinema, lancharam e foram embora. Não eram nem 10 horas da noite. Ana parou na frente da casa de sua melhor amiga, uma rua movimentada, lojas e lanchonetes abertas quase vinte e quatro horas. Sua amiga desceu do carro, abriu o portão e entrou em casa. Ana acenou com as mãos, conferiu a rua, engatou primeira marcha, ligou a seta, e começou a movimentar o carro.

Marcos estava jogando mais uma partida de seu jogo favorito no vídeo game. Ele conferiu as horas no celular e pensou “ainda é cedo. Ela deve estar saindo do shopping agora. Daqui a pouco eu ligo”.

A porta do carro de Ana se abre e um rapaz entra no carro dela. Ela já ia gritar quando ele diz “quietinha moça, sem pânico. Ninguém aqui quer se dar mal, né?”. Ela engoliu o grito e ficou apreensiva. Pensou em todos os jeitos possíveis de sair dali, mas estava numa rua movimentada, não tinha como ela pular do carro. Ela certamente seria atropelada. Ela começou a suar frio.
“vai dirigindo ai dona. Agora pega a rua à direita, agora vira a esquerda...” o rapaz foi indicando o caminho para ela. ela começou a rezar em silêncio. Pensou em seus pais, pensou no seu namorado, pensou na sua amiga, que tinha acabado de sair do carro...

Os pais de Ana ligam para Marcos para saber se ele está com sua filha. “não, ela saiu com as amigas hoje” ele responde “ah, nós sabemos disso, mas pensamos que ela passou na sua casa antes de vir para cá. O filme deve ter acabado mais tarde” respondeu a mãe de Ana.

Ana já não fazia mais ideia de onde ela estava. Virou tantas ruas e entrou em tantos lugares estranhos que não sabia nem se estava na sua cidade. Ela olhou o painel do carro, mas não parecia ter dirigido tantos quilômetros a ponto de sair da cidade. Ela suava. O rapaz já tinha revirado o carro dela procurando por algo que interessasse ele. Mas só tinha o manual do carro. Ele revirou a bolsa dela, mas não encontrou nada de valor também.
“cadê o celular moça? Tu tem celular, todo mundo tem celular” ele perguntou revoltado. “Descarregou a bateria. Deixei carregando” respondeu ela.
Ele mandou ela virar em outra rua e seguir reto.

Carlos já começava a ficar inquieto. Nem o jogo estava mais divertido. Ele ligou para a amiga de Ana e ela afirma ter chegado em casa há mais de uma hora. Pronto. Agora sim há um motivo para  desesperar.
Ele liga para o numero de Ana. O celular toca, toca, toca e ela não atende. “merda” pensou ele. “o que será que aconteceu?”

Ana quase deu um pulo quando sentiu o celular vibrando. Ela tinha colocado ele dentro do sutiã, pois era mais rápido de pegar caso ele tocasse.
“Pára aqui moça” o rapaz disse. Ela parou o carro numa rua deserta, com apenas um poste piscando fracamente. O rapaz jogou ela para fora do carro, jogou a bolsa para ela, subiu no banco do motorista e levou o carro embora. Agora Ana estava em um lugar completamente desconhecido e deserto.
O telefone de Carlos tocou. Antes mesmo de perceber, ele já estava atendendo.
“Alô? Ana? Onde você está? Você está bem?”
Ana chorava, chorava chorava. Ela não conseguia dizer nada. Carlos tentou acalmá-la. “Ana meu bem, calma, você está bem? Foi assaltada? O que aconteceu?”

Ana procurava algo desesperadamente. Uma loja, uma lanchonete, qualquer coisa que fosse reconhecível. Depois de andar por meia hora, conversando com Carlos, ela finalmente achou um MacDonalds. “Amor, eu estou na frente de um MacDonalds, mas ele está fechado.”
Eu vou te achar Ana. Não se preocupe”  respondeu ele.

Carlos rodou a cidade. Foi em todos os MacDonalds que conhecia, mas nenhum deles tinha sua namorada sentada na porta. Ele conferiu pelo seu celular os MacDonalds existentes na cidade. Ele foi em todos eles. Ele dirigiu rápido pensando em sua namorada chorando, sozinha, num lugar estranho. Até que finalmente ele a encontrou.

Ana, ao ver o carro que ela conhecia bem, o carro que Carlos usava com frequência, saiu correndo. Ele abriu a porta e ela se jogou nos braços dele, chorando. Ele a abraçou com força, e as lágrimas de tristeza de Ana foram se transformando em lágrimas de alegria ao ser envolvida no abraço quente do seu namorado.
“obrigada. Obrigada por me salvar. Obrigada. Me tira daqui, por favor.”
Carlos colocou-a gentilmente no banco ao seu lado, e dirigiu todo o caminho enquanto Ana soluçava e dizia cada vez mais baixo “obrigada. Obrigada Carlos, obrigada” até finalmente cair no sono.



domingo, 31 de agosto de 2014

A escolha

Talvez se naquele dia eu não tivesse falado com você, nós não teríamos nos tornados amigos. Eu não teria me preocupado com as dificuldades que você teve, eu não teria me envolvido com você no futuro. Eu não teria te ajudado quando você teve problemas com a escola, eu não teria começado a gostar de você. Eu não iria querer passar mais tempo com você.
Nós não teríamos nos envolvido. Você poderia ainda estar feliz, ao lado dos seus pais, cuidando dos negócios da família. Eu não teria me apaixonado por você, você não teria se apaixonado por mim. Nós não teríamos decidido morar juntos depois que eu arrumasse um emprego. Você ainda estaria feliz e saudável, saindo com os amigos.
Mas, agora lembrando bem, você não tinha amigos. Você fez amizade com as pessoas por minha causa. Você tinha repetido o ano, não era?
Você não ia precisar gastar seus dias preciosos ao lado de um idiota como eu. Uma pessoa que não ligava para nada na vida. Você não ia ficar grávida e não ia adoecer no fim da gravidez. Eu não teria sofrido com sua morte se eu nunca tivesse falado com você naquele primeiro dia de aula.
Eu não teria visto você adoecer. Eu não teria visto sua vida se esvaindo aos poucos. Talvez você ainda estivesse viva. Você não teria morrido nos meus braços.
E depois, eu não teria visto nossa filha sofrendo da mesma doença misteriosa que você tinha. Eu não iria ver nossa filha morrendo naquele dia gelado, me abraçando. Naquele dia, que só nos dois estávamos na rua, indo passear. Eu não teria ficado coberto de neve, tentando aquecê-la, mas vi ela indo para junto de você do mesmo jeito.
Eu não teria me lembrado do dia de sua morte. Eu não teria te feito sofrer, eu não teria sofrido. Nenhum de nós teria sofrido tanto.
Se eu não tivesse falado com você naquele primeiro dia de aula, nada disso teria acontecido.
No entanto, se nós não tivéssemos nos conhecido, nós não teríamos sido felizes. Eu não teria construído minha felicidade ao lado da sua. Não, não teria sido melhor se nós não tivéssemos nos falado naquele primeiro dia de aula.
Se nossas vontades, se nosso amor puder atravessar o tempo, eu quero estar ao seu lado para sempre, em um mundo onde depois que nossa filha nasceu, você sorriu para mim. Um mundo onde nós dois nos abraçamos depois do nascimento da nossa filha. Um mundo onde nossa filha cresceu forte e saudável.  E nós criamos ela juntos, com nosso amor.
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Eu posso ver você. Eu posso ver seu sorriso. Nossa filha está bem, ela é saudável. E você está comigo nesse mundo. Nós estamos juntos.

Estou muito feliz de estar ao seu lado. Estou muito feliz de ter te conhecido. 

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Uma dose de morfina

O rapaz olhava apreensivo para sua esposa, deitada na cama, dormindo. Sono natural? Não, era um sono levado pelos remédios, morfina, e todos outros remédios que amenizavam a dor dela.
PI. PI. PI. PI. PI. PI. PI. PI.
A máquina indicava os batimentos cardíacos, agora normais. À noite, com a dor, os batimentos oscilaram o tempo todo. Mas finalmente o som era menos torturante. Ele apertava levemente a mão dela, para caso ela acordasse, ela sentisse que ele estava ali, ao lado dela.
- Engraçado, não é Carol? Desde que nos conhecemos você sempre fez questão de pegar nas minhas mãos primeiro. Desde nossa lua de mel você gosta de acordar de mãos dadas comigo – ele sorriu de leve, falando baixinho, apenas para ele mesmo ouvir – apesar de você não saber o porque.
Ela se mexeu na cama e abriu os olhos. Ela sorriu ao ver o rosto de Marcos. Ele estivera ao lado dela em todos os momentos difíceis, e agora não seria diferente. Quando ela viu seu cachorrinho morrer, foi ele que a ajudou, quando sua mãe ficou doente foi ele que sempre levava-a no hospital, e quando ela recebeu o resultados dos exames era ele que estava do seu lado....
-Querido – ela levou uma das mãos ao rosto dele – como você está bonito – ela disse sorrindo.
- Você continua linda como sempre, Carol.
Apenas um mês antes, a vida dos dois virou às avessas. Casados a pouco mais de um ano, Carol e Marcos estavam aproveitando a vida de recém-casados. As dores de Carol começaram a aparecer aos poucos, até se tornarem insuportáveis. Eles foram ao médico, que fez uma porção de exames, e o resultado foi inconclusivo. Por indicação, Carol foi em outro médico. Este encontrou uma massa em seu rim, que estava se espalhando rapidamente pelos outro órgãos. Carol não teria mais tanto tempo de vida. A menos que os remédios diminuíssem a ação da massa em seu rim.
Carol fez uma careta. Marcos chamou as enfermeiras, mas elas não podiam aumentar a dose de morfina sem a prescrição médica. Carol mudou de posição e a dor melhorou. Ela estendeu a mão e pegou os dedos de Marcos, entrelaçando-os nos seus.
- Ah Marcos, nunca poderei ir com você na Alemanha.... – disse ela, um sorriso triste nos lábios.
- Não amor, nós vamos sim. O doutor disse que os remédios iriam te curar. – Ele disse.
- Não vou poder ir também com você na Europa, e visitar todos os países como planejamos enquanto éramos namorados... – Ela disse, o sorrindo desaparecendo de seus olhos.
- Amor, não diga isso.
- Eu queria tanto realizar meus sonhos ao seu lado. Conhecer Paris, andar e andar pelas ruas da China, navegar pelo Caribe... – nesse momento, ela não mais sorria. Uma lágrima se formava no canto de seu olho.
- Me escute Carol – disse ele, apertando as mãos dela – nós vamos realizar nossos sonhos juntos. Você vai ver. Vamos nós dois juntos viajar por 6 meses. Dirigir sem rumo uma vez na vida, você vai ver.
Carol começou a derramas as lágrimas que estavam lutando para sair de seus olhos.
- Marcos – disse ela aos soluços – eu queria tanto envelhecer ao seu lado, queria ver seus olhos assim que acordar todos os dias de minha vida, queria abraçar você quando tivesse um pesadelo...
Ambos choravam.
-Nós vamos estar juntos sempre, Carol.
Marcos beijou Carol na testa e logo em seguida, nos lábios.
-Eu amo você, meu amor – disse ela, a voz vacilante e rouca.
-Eu te amo, minha Carol – disse ele com um sorriso.

Ela sorriu e fechou os olhos. A máquina parou de apitar com intervalos regulares e agora o único som que se ouvia naquele quarto era apenas um PI contínuo e Marcos chorando.

sábado, 9 de agosto de 2014

Amor verdadeiro

Eu tinha 15 anos quando descobri o significado do verdadeiro amor.
O ano anterior tinha sido um pesadelo na vida da minha mãe e minha. Desde os meus 7 anos vivíamos sozinhas. Meu pai? Uma vez eu acordei de madrugada e voltando do banheiro, vi meu pai saindo com uma mala. Tinha ido visitar uma amiga, foi o que me disseram. Aquele foi um ano difícil. 7 anos depois, eu e minha mãe vivemos um pesadelo maior. Depois de várias internações, os médicos finalmente me contaram que minha mãe tinha um tumor.
Minha mãe e eu sempre fomos muito amigas. Eu reclamei com os médicos que tentaram me esconder a verdade por tanto tempo.
Quando finalmente passou-se um ano depois do inicio do nosso pesadelo, ela começou as sessões de quimioterapia, e eu a acompanhava em todas as sessões. Um dia, quando minha mãe cochilava, fui pegar um leite quente na lanchonete e um senhor me cumprimentou. Eu o conhecia de vista, ele sempre acompanhava a esposa no tratamento.
- Sua mãe está melhorando?
- Aos poucos sim. E sua esposa?
- Ela está estável. Você sempre vem, seu pai trabalha nesse horário?
- Meu pai não mora conosco.
-Desculpe-me, não pretendia... – ele ficou sem graça.
- Não tem problema – respondi sorrindo.
- Você não parece fazer muita coisa fora daqui. Você não sai às vezes? Nunca a vejo conversando com sua mãe sobre outras coisa a não ser escola e os livros que você lê.
-Minha mãe precisa de mim – eu respondi.
Uma lágrima formou no canto dos olhos do senhor. Ela escorreu silenciosa pelo rosto dele e foi parar no queixo.
-Gostaria que meus filhos amassem minha esposa como você ama sua mãe.
-Eles não visitam vocês?
-Ah, não. Ela passou por uma série de cirurgias, e nós fomos avisados do que poderia acontecer. Eles não aguentaram por tanto tempo.
-O que aconteceu?
-Ela perdeu parte da memória. Ela passa a maior parte do tempo não reconhecendo as pessoas ao redor. As vezes ela se lembra de algo, mas não por muito tempo.
Eu encarei meu copo de leite pela metade e fiquei pensando na tristeza daquele senhor. Imagina ter filhos, mas eles não visitam pois a mãe está doente...
-Que... Que tristeza...
-Vale a pena vir aqui. Ela se lembra mais de mim. Isso me trás felicidade.
Ele sorriu, pagou o café e meu leite, eu o agradeci e voltamos para a sala de aplicação.
Minha mãe estava acordada, e eu corri em sua direção. Observei em silencio o senhor encontrando com a esposa.
-Querido? Eu... eu lembro de voce! Você cuida de mim todos os dias...
-Oi minha deusa. Está lembrando de algo?
-Estou... – lágrimas começaram a sair dos olhos dela – tenho te feito sofrer...
-Eu não estou sofrendo, amor.
-Eu... eu amo você.
Ela fechou os olhos e o abraçou. Ele virou o rosto na minha direção, fechou os olhos e sorriu.
-O que você está olhando, minha filha?
-O amor, mamãe.

Eu a abracei com força.

sábado, 2 de agosto de 2014

Uma manhã no apto (III)

Vejo-a deitada na cama. Chego perto e percebo que ela está respirando. Vejo uma sombra em pé na parede. Como ela não acorda, sinto um terrível pressentimento.

Só me resta fazer uma coisa...

Ela desperta, parecendo uma flor abrindo numa linda manhã de sol.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Uma manhã no apto 503 (II)

Eu sei que ele está preparando um café da manhã. Ele sempre é tão atencioso. Sempre tão cuidadoso. Sempre se preocupa se estou bem, feliz. São tão poucos homens assim.

Depois da festa, viemos para cá. Lembro de depois ter tirado a maquiagem e soltado os cabelos, ele me beijou. Foi tão bom sentir seu corpo colado ao meu. Lembro de ter desabotoado sua camisa com cuidado, ainda um pouco hesitante. Ele me levou às nuvens naquela noite. Tão perfeita.

Me levanto silenciosamente para escovar os dentes. Procuro a escova, mas quando tento segurá-la, minha mão a atravessa. Estou com minha lingerie. Tento segurar as coisas, mas simplismente não consigo. Vou atrás dele. Estou ainda sonolenta, portanto erro a porta. Quando me dei conta, já estava indo de encontro com a parede. A pancada não doeu e estou na outra sala. Há algo errado. Não estou como deveria estar. Percebo que estou como um fantasma.

Vou atrás dele, que está me procurando no momento. Espero no quarto, quando me vejo deitada na cama. Não estou morta, acho. Ele vê meu corpo, e fica desesperado, pois não tinha-o visto antes. Chega perto, e sente minha respiração. Ele não me vê.

O que fazer agora?

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Uma manhã no apto 503 (I)

Onde está você? Eu jurava ter te deixado dormindo quando saí para arrumar uma café da manhã especial....

Olhei para a cama desarrumada, mas ela não estava lá. Seus sapatos pretos ainda estavam do lado da cama, sua roupa jogada no chão, mas não a encontrei. Talvez no banheiro, pensei. Não, nada. Ouço um ruído de coisas na cozinha. Somente o vento que vinha da janela.

Enquanto procuro por ela na casa, relembro a noite. Ela estava com um elegante vestido preto, com um zíper prateado. Assim que chegou, tirou a maquiagem, soltou os cabelos. Mechas levemente onduladas caiam em seus ombros, deixando-a mais bonita e atraente. Tirei delicadamente seus sapatos, beijei-a. Sua pele tão macia me fez lembrar o quanto valeu a pena ter lutado quando me falaram que ela não me amava. Mas era tudo mentira, ela era bastante tímida.

Mas onde estará agora? Ela não deve ter saído de casa, não sem suas roupas. Começo a me preocupar.

Quando me viro novamante para o quarto, finalmente a vejo. Mas há algo estranho...

sábado, 19 de julho de 2014

Mais uma noite


Virei na Rua 4 e parei em frente a uma casa meio rústica, toda de tijolos, 2 andares, porta e janelas de madeira. Perfeita.
A prostituta me esperava. Estava com um roupão de seda e embaixo, algo que poderia ser um short e uma blusa. Paguei-lhe a quantia combinada e começamos.
Não fui gentil. Ela é paga para me dar prazer, não para sentir. Arranquei-lhe as roupas e joguei-a no tapete. Ela era bonita, de formas bem atraentes. Arrastei-a até o quarto e tombei-a na cama. ela gemia, gritava, arfava, contorcia. Ela me satisfez mais do que imaginei. Mostrei a ela partes do próprio corpo que ela nunca tinha visto.
Depois de acabar o serviço, levantei-me, lavei as mãos, tomei um rápido banho para lavar os fluídos corporais e fui juntar minhas coisas. Não deixei nada para trás.
Levei ela ao meu apartamento, pois não poderia deixá-la ali. Seria uma falta de cavalheirismo, pois ela me deu uma noite maravilhosa e inigulável.
Agora vinha a parte divertida, e diga-se de passagem, a mais fácil. Sumir com o que sobrou dela. Talvez uma mecha do cabelo para guardar de lembrança...

terça-feira, 15 de julho de 2014

Morte


Seu eu tivesse mais um segundo de vida, gostaria de receber um beijo seu. Assim, morrerei feliz, pois levaria um pouco de você ao paraíso. Teria meu beijo precioso até que você chegasse para me fazer companhia pela eternidade.
Seu eu tivesse um minuto a mais gostaria de me desculpar por todas as vezes que te fiz chorar. Me desculparia por todas as vezes que pensei que não valeria a pena ter continuado do seu lado.
Seu eu tivesse mais cinco minutos de vida, diria o quanto você foi especial para mim, o quanto deixou meu mundo sem sentido e o quanto fiquei fora da realidade enquanto estava do seu lado.
Seu eu tivesse mais um mês de vida, iria à Londres, Roma, Paris e Berlim com você, comer um pouco de cada comida e aproveitar cada segundo.
Seu eu tivesse três meses, iria à China e ao Japão, aprenderia a viver, aprenderia sobre o mundo oriental, a moda e as comidas típicas.
Mas eu não tenho todo esse tempo. Estou nesta cama, toda entubada, com uma camisola fina, cheia de aparelhos ligados e um tubo de oxigênio no meu nariz e você do meu lado.
Então lhe peço só uma coisa. Me dá um beijo?

Thus with a kiss, I die

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Assalto

Bruna estava andando na larga avenida e já estava escuro. Sua mochila estava muito pesada e ela voltava da aula de inglês. Seu dia tinha sido muito cheio, como de costume. Acordara cedo, teve aula, almoçou correndo para pegar um ônibus que a levaria até o outro lado da cidade trabalhar, para voltar mais tarde à sua faculdade para ter aula de inglês.  Definitivamente, um dia cansativo.
Finalmente ela estava a caminho de casa. Já mentalizava tudo que faria ao chegar em casa. Tomar banho, jantar e estudar bioquímica até de madrugada. Bioquímica era sua matéria favorita no semestre e ela se dedicava muito. Ela resolveu prestar atenção no caminho e um rapazinho de boné abordou-a com um estilete.
-Passa tudo que tem moça. Sem gritar.
Ela o olhou e o analisou. Era um rapazinho de boné de aba reta, magrelo e mais baixo do que ela.
-Garoto – começou ela com calma – tudo que eu tenho nessa mochila vale menos do que seu boné.
O menino hesitou, afroxou o estilete na mão, mas falou novamente:
-Sem lorota moça. Pelo peso disso aí, deve de ter muita coisa.
Bruna olhou para cima pensando “ó Deus, por que?”. Ela tirou a mochila das costas e disse:
-Garoto, se você me roubar, vai ter que aguentar o peso da mochila.
Ela entregou a mochila para o garoto, mas assim que ele a pegou, a mochila desabou no chão.
-Abre a mochila moça, vou pegar tudo então de valor – disse ele, apontando o estilete para a barriga de Bruna.
Ela se abaixou, abriu a mochila e começou a tirar as coisas de dentro. Carteira, cartão de ônibus, sombrinha, e tirou 4 livros enormes de dentro da mochila.
O garoto olhou tudo aquilo e mandou ela entregar o dinheiro.
-Não levo dinheiro para a faculdade. Tenho assistência e como de graça.
-Então me passa o cartão do ônibus, a carteira e o celular.
Ela abriu a carteira e disse:
-Não tem nada moço, só carteira de identidade e de biblioteca – entregou o cartão a ele – o cartão tem só 1,60.
Ele jogou o cartão de ônibus no chão e tomou o celular dela. Era um Nokia 2000, desse modelo bem antigo que só tem lanterna e jogo da cobrinha.
-Não tem nada não moça? – perguntou o rapaz olhando fixamente para os livros grossos na mão dela.
-Garoto, a não ser que você queira estudar zoologia e bioquímica comigo, me deixa ir. Eu tenho que ler esse livro ainda hoje – ela mostrou o de bioquímica para ele – como eu disse, tudo que eu tenho na mochila vale menos do que seu boné.
Ele guardou o estilete no bolso, tirou o boné e entregou a ela.
-Toma moça.
Ela começou a rir
-Pode ficar com seu boné, garoto.

Ele então foi embora de cabeça baixa, ainda olhando o boné. Bruna foi para casa sorrindo por dentro. “Foi uma boa ideia ter guardado o dinheiro do banco dentro dos livros” pensou ela enquanto entrava na rua da sua casa.

sábado, 5 de julho de 2014

Almoço de domingo

Era uma família pequena, um pai, uma mãe e uma filha. Mas foi naquele domingo que aconteceu...
Já  tarde de domingo como qualquer outra, o almoço já estava quase pronto:
            - Pai, estou com fome!
            - Eu também filha, mas sua mãe está demorando com o almoço.
            - Não é para menos! – e uma cara de nojo se formou no rosto dela – Mamãe está preparando jiló com buchada de bode, rabada, arroz com ketchup e feijão com mostarda!
            Grande silêncio. Só se ouvia o assobio da mãe e a panela chiando, sinal que a “tortura” iria começar logo.
            - Filha, não podemos comer, ou vamos passar mal!
             O pai pensa um pouco, vai até a porta da cozinha, chama a mulher e diz:
            - Querida, eu e nossa filha vamos comprar... comprar... comprar milho! É isso, nós vamos comprar milho!
            - Tá bom querido. Só não demore muito, pois vamos almoçar algo especial...
            O pai olha para a filha, faz uma cara boa. Os dois entram no carro e falam:
            - Para o restaurante!
            Entram no restaurante.
            - O que vocês vão querer? – perguntou o garçom.
            - Strogonoff, arroz e batata palha.
            Depois de saborearem a comida, voltaram para casa com o milho, “provando” que não foram a lugar nenhum, a não ser a mercearia da esquina.      
            - Meu bem – disse a mãe – vocês demoraram com o milho!
            - Pois é querida, a fila do caixa estava tão grande que nós dois comemos umas balinhas e perdemos a fome.

            - Essa não! – disse ela – justo hoje que eu joguei fora os restos de comida que tinham na geladeira, e fiz o seu prato favorito: arroz, batata palha e strogonoff!  

terça-feira, 1 de julho de 2014

Conto erótico nº2

Vamos meu bem. Fique quieta.
-Mas está quente!
-Mas isso é normal. É a sua primeira vez, não é?
-É!
-Meu bem, se você colaborar, acaba logo.
-Mas eu não quero isso mais.
-Mas vai deixar pela metade? O que dirão depois?
-Eu não me importo com o que dirão.
-Vamos conseguir terminar isso.
-Tá doendo. Tira. Ai!
-Você tá indo bem.
-Por favor, eu não quero.
-Vamos meu bem. Abra as pernas.
-Não!
-Abra as pernas. Senão, como eu vou colocar?
-Não coloca!
-Não tem como terminar se eu não colocar.
-Abrir as pernas como?
-Dobre os joelhos. Deixa eu ver bem a região, pra saber onde eu vou colocar.
-Tá quente! Tá doendo! Tira!
-Pronto, acabou.
-Posso por a roupa?
-Sim.
-Quanto deu?
-25 reais.
-Posso fazer uma pergunta?
-Claro!
-Por que você usou cera quente?
-Dói menos que a fria.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Conto erótico nº1

- Querido, vem cá.
- Que foi?
- Faz aquilo de novo comigo?
- O quê? Aquilo?
- É, aquilo.
- Então espera só um pouco.
................
- Anda logo!
- Pronto, voltei.
- Faz aqui?
- Aqui?
- Não, um pouco mais para cima.
- Aqui?
- Não, mais para cima.
- Aqui?
- Aí você foi demais. Volta um pouco... isso!
- Só aqui?
- Vai um pouco para a direita
- Aqui?
- Isso. Agora aperta.
- Assim, amor?
- Ai! Você apertou demais!
- Desculpe. Foi você que man...
- Você se desconcentrou e perdeu...
- A culpa foi sua.
- Tenta de novo.
- Tá bom.
- Vai logo! Para a esquerda agora.
- Assim?
- Isso. Agora vai devagar.
- Aqui?
- Isso!
- Agora vai, viu?
- Pode ir. Isso. Aí, aí. Sim. Isso.
- Aqui mesmo?
- Isso querido.
- Tem certeza, amor?
- Tenho. Agora coça.

terça-feira, 10 de junho de 2014

Insulina (III)

Como sou burra! Fiz as pessoas que amo sofrerem por minha causa. Por que quis acabar com a minha vida por um motivo tão fútil? O que eu tinha na cabeça?
Sempre dizia que quem se matava era covarde demais para encarar a vida e os problemas. Não vejo motivos para alguém se matar. E escolhi o mais idiota, um capricho imbecil. Tantas pessoas piores que eu, nem por isso tiveram a atitude covarde que eu tive.
- Eu te amo, meu amor.
Sorrio, ainda entubada. Meu namorado e meus amigos estão preocupados à minha volta, mas não corro mais riscos.

sábado, 7 de junho de 2014

Insulina (II)

- Rápido, o imobilizador!
- Agulha, soro, esparadrapo!
- Meu Deus! A glicemia está muito baixa!
- O que aconteceu?
- Por que isso aconteceu?
- Precisamos de colocá-la na maca.
- Rápido, não vai dar tempo!
(Pip, pip, pip, pip)
- Batimentos cardíacos normais.
- Coloque-a na ambulância.
- Batimentos caindo!
- Mais soro! Mais soro!
- Ai meu Deus, Minha filha!
- Calma minha senhora.
- Batimentos cardíacos normais.
- Glicemia voltando ao normal.
- Calma gente, o perigo já passou.
- Meu amor, por que você fez isso comigo?
...

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Insulina (I)

Adoro doces. Mas desde meus 8 anos meu corpo encara o açúcar como veneno. Meu pâncreas não produz insulina.
Já se passaram dez anos. Não aguento mais essa vida de levar uma farmácia para onde vou. Uma vez, por acidente, apliquei uma dose tão alta de insulina que quase foi letal. Hoje comemoro dois aniversários. O dia que nasci, e o outro é quando descobri o diabetes em minha vida.
Meus entes queridos não sabem, mas este aniversário vai ser diferente.
Meu lanche da noite vai ser perfeito. Vou ter um delicioso bolo de nozes, empadas e pão de queijo. A presença de meus amigos me fez um pouco mal. Afinal, a culpa não é deles, mas vão acabar sofrendo.
Apliquei uma dose a mais da insulina, e umas 4 a mais da lenta. Minha glicemia não será suficiente para me manter viva por muito tempo.
Se meus pais não descobrirem o que eu fiz, nunca mais vou vê-los. Nem meus amigos, professores, namorado, nem ninguém. Nunca mais vou verificar a maldita glicemia antes de comer, não vou ficar tonta e desmaiar de repente na aula de biologia ou de matemática, não aplicarei insulina, não terei que ficar levando um monte de coisas. Mas agradeço à essas coisas, pois elas acabarão comigo, e eu não sentirei dor.
Sinto apenas a maciez do meu travesseiro em baixo da minha cabeça. Vou ficando tonta, sinto que não tenho muito tempo. Tudo fica escuro.

Candie Harllot

Ela estava com a cabeça pousada sobre o travesseiro, os cabelos louros jogados para trás, as pernas meio abertas, os joelhos dobrados. Seu pijama era curto, típico de quem vai encontrar alguém e não usara a roupa por muito tempo. Ela dormia num sono profundo e havia colocado um lençol em todo o corpo, protegendo a cabeça.
Levantei-me do meu esconderijo, movi em silêncio para o pé da cama, depositei minha mala no chão. Lá estava o que eu precisava: panos, seringas, insulina, fitas, clorofórmio, medidor de glicemia. Eu não precisava de levar tudo, mas ela tinha quase tudo do lado da cama. Mas alguém poderia ter a infeliz ideia de olhar o valor do medidor e comparar com o nível de glicos no sangue.
Mas ninguém olharia, pois somente eu saberia que o medidor marcará u valor falso, equivalente ao nível de insulina no sangue. As pessoas vão acreditar que foi parada cardíaca ou qualquer outra coisa, mas não explicarão porque uma jovem de 18 anos teve uma morte dessas.
Embebedo o pano com o clorofórmio e faço-a desmaiar. Ela mal luta contra o cheiro e meus braços segurando seu corpo frágil. Faço a glicemia. 95. Altero o valor no medidor dela para 300. Um número bem alto.
Pego a "caneta" verde com a insulina de efeito rápido. Rodo a parte de cima para 6 unidades. A insulina, ao penetrar no corpo dela, cairá rapidamente na corrente sanguínea e irá baixar tanto o nível da glicose do corpo dela, que irá morrer, se ninguém descobri-la antes.
ela começa a ter convulsões. Pronto. Agora aquela vagabunda vai pensar bem (ou não) antes de destruir os sonhos da esposa de seu amante.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Lágrimas invisíveis

Desliguei o telefone com fúria, entrei no carro e bati a porta com força. Ele estava a poucos metros de mim, portanto tinha que ligar meu carro rápido.
Liguei o carro, acelerei e parti com fúria. Vi pelo retrovisor seu Siena mais potente que meu Uno avançando e se aproximando. Acelerei novamente e desviei meu caminho.
Virei umas ruas, entrei em becos e quando percebi que ele me perdeu de vista, desliguei o carro e comecei a chorar.
Meus vidros escuros não permitia que os olhares curiosos descobrissem o motivo da parada brusca do carro. Estava só, o celular jogado no banco do carona, a bolsa aberta no chão.
Após as lágrimas cessarem, liguei o rádio para me acalmar um pouco. Ele apareceu. É claro que eu preferia não sair do carro a conversar, mas acabei saindo.
Minha vontade era acerta-lhe um soco na barriga ou um chute, mas algo me disse para não o fazer. Parada em frente a ele, os braços cruzados, seus olhos transmitiam desespero ao procurarem saber o porque das lágrimas. Ele queria entender tudo. Uma explicação e sem lágrimas resolve nossos problemas. Não sei porque, eu o perdoo.

A última coisa que sinto é o abraço e seu peito quente.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

A vida de Lewis Shuntz (parte final)


 19 de Abril 


Foi tão fácil enganar aquele mortal. Apesar de velha, todos ficam fascinados pela minha beleza jovial aparente. Só lamento ter levado os outros um pouco antes da hora. Mas convenhamos, morrer daquela maneira é melhor do que ser destroçado numa queda de avião. Pena não "salvar" as outras pessoas que vão no avião que partirá amanhã.Mas o mortal não escutou os outros. Eles sabiam que eu estava por perto, eles lembraram que eu avisei que voltaria. Mas ele nem se deu ao trabalho de me notar. Quem sabe eu teria poupado-os da morte?Não vou esquecer de sua expressão de horror ao me ver de noite em seu quarto, com minha capa e minha querida foice. Ele sabia que ia morrer naquela hora. Foi tão sonoro seu grito abafado de pavor...Acho que mesmo ele me notando, não iria poupá-los. Afinal, seus nomes estavam na lista dos meus próximos clientes. Ninguém pode me evitar.Sempre que posso, adianto minha visita.





terça-feira, 20 de maio de 2014

A vida de Lewis Shuntz (parte 15)



18 de Abril 


Recebi uma carta e eu atestado de óbito. O atestado era do meu amigo, que foi encontrado morto no banheiro. A carta tinha esse aviso.
"Você não deu ouvido aos seus amigos. Não percebeu que esteve cara a cara com a morte tantas vezes. Agora estão todos mortos. E eles não esperarão muito por você."




sábado, 17 de maio de 2014

A vida de Lewis Shuntz (parte 14)



16 de Abril

Fui atrás da médica no hospital. Me disseram que nunca viram nem trabalhou ninguém daquele jeito ali.




terça-feira, 13 de maio de 2014

A vida de Lewis Shuntz (parte 13)



15 de Abril


Meu amigo desapareceu! A última vez que o viram, ele estava conversando com a tal médica numa lanchonete. Depois ele sumiu, simplesmente desapareceu!


sábado, 10 de maio de 2014

A vida de Lewis Shuntz (parte 12)



14 de Abril


Meu amigo me contou que não tenho muito tempo de vida. Disse que o sumiço de meus exames, o resultado falso dado pela médica, a visita dela, o vulto em meu quarto e as mortes estão interligadas. Acho que ele está surtando.





quarta-feira, 7 de maio de 2014

A vida de Lewis Shuntz (parte 11)



13 de Abril


Um amigo morreu no enterro de nosso segundo amigo. Ele de repente se engasgou. Descobrimos que ele ingeriu - de alguma forma - cianureto de potássio. Sobramos eu e meu amigo que vive preocupado comigo.




domingo, 4 de maio de 2014

4 de maio

Daqui a pouco isso vai acabar ficando repetido....

Que a Força esteja com vocês. Ou May the Force be with you. Ou melhor ainda, May the Fourth be with you.

Dia 25 de maio de 1977 fomos presenteados com um dos melhores filmes.
dia 21 de maio de 1980 veio outro filme melhor ainda.
Dia 25 de maio de 1983 veio outro para terminar a história.

Mas ela não terminou. Ela começou. (?)

Dia 19 de maio de 1999 veio o primeiro filme (como?)
Dia 16 de maio de 2002 o segundo filme (dafuq?)
Dia 15 de maio de 2005 os fatos se ligaram completamente. (explicaisso)

Pois bem. George Lucas (que nasceu dia 14 de maio, eu adorei isso hahahaha) fez um filme que se passava numa galáxia muito, muito distante. Intitulado Star Wars: A New Hope trouxe uma história muito interessante, efeitos especiais revolucionando essa área...
Depois vemos incríveis revelações em Star Wars: The Empire Strikes Back. Por fim, veio o 3º filme da franquia, Star Wars: Return of the Jedi. Nesse vemos Anakin do lado de Luz da Força. Todo mundo termina bem.

Em 1999, veio então, o primeiro filme da franquia. Ai, os filmes que foram lançados antes ganharam o título como Episódio IV, V e VI. portanto, o primeiro filme que contaria a história veio em 1999, Episode I: The Phantom Menace. O segundo, Episode II: Attack of the Clones. E o último, para terminar a história, aquele que vai te explicar o que faltou nos anteriores, Episode III: Revenge of th Sith.
Nele você vê Anakin indo para o lado negro da Força, Luke sendo separada de sua irmã, porque Obi Wan estava perto de Luke, porque o mestre Yoda estava no sistema de Dagobah...

Mas o que é a Força? a Força é um campo de energia criado por todas coisas vivas: ela nos cerca, nos penetra; ela mantém a galáxia coesa. A Força é vida, e vida é Força.





Aproveite o Dia de Star Wars. 





sábado, 3 de maio de 2014

A vida de Lewis Shuntz (parte 10)



12 de Abril


Muito bem. Algo estranho está acontecendo. Um dia depois da visita da médica, um dos meus amigos morreu misteriosamente. Amanheceu frio. A autópsia revelou uma bolha de ar em seu coração. Dois dias depois outro amigo morreu depois de sair de uma biblioteca. Sua língua e as pontas de seus dedos da mão esquerda estavam roxas.




quarta-feira, 30 de abril de 2014

A vida de Lewis Shuntz (parte 9)




6 de Abril

Recebi a visita da moça que me atendeu no hospital. O dia estava completamente ensolarado, mas ela usava roupas pretas. Ao entrar, ofereci um copo de água. Quando fui à cozinha, ela já estava sentada diante da mesa, com uma caderneta preta e uma caneta nas mãos. Seus dedos batiam na mesa freneticamente. Fez umas perguntas a respeito de minha saúde, escreveu algo na caderneta. Por fim, me entregou um envelope com mais exames e disse que os entregue antes não eram os meus.




domingo, 27 de abril de 2014

A vida de Lewis Shuntz (parte 8)

4 de Abril


Meus exames não revelaram nenhuma alteração em meu organismo. Minhas tosses só pioram. Meu amigo está cada dia mais preocupado, mas nunca diz nada. E só fica dizendo da Dama de Preto, blá blá blá...




quinta-feira, 24 de abril de 2014

A vida de Lewis Shuntz (parte 7)



1º de Abril


Voltei no hospital para mais exames. A moça estava chorando em um canto, parecia perturbada por algo, mas assim que me viu, se recompôs.



segunda-feira, 21 de abril de 2014

A vida de Lewis Shuntz (parte 6)

30 de Março 


Uma senhora muito bonita me atendeu hoje no hospital. Tinha os cabelos levemente cacheados, pretos, era magra e tinha uma pele muito, muito branca. Devia ter acabado de se formar.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

A vida de Lewis Shuntz (parte 5)


27 de Março


Encontrei os exames esta manhã na lata de lixo. Estavam abertos, grifados em algumas partes - que eu não entendia o significado - e as imagens de minha tomografia haviam sumido. Além de meus amigos, a única pessoa que entrou em casa foi a Ana, a faxineira. Ela sabe que eu procurava por eles, logo não teria jogado fora, muito menos lido.




terça-feira, 15 de abril de 2014

A vida de Lewis Shuntz (parte 4)

26 de Março


Odeio ônibus. Quando mais se precisa deles, eles estragam. Tive que voltar a pé. Cortei caminho por uma rua fechada. Não estava escuro, pois a lua cheia clareava tudo. Um morcego voo acima da minha cabeça e pousou do lado de um ser encostado à porta da Igreja. Estava escuro e o ser usava uma roupa com capuz, devido ao frio. Uma voz de mulher, muito doce e delicada me pediu algo. Dei-lhe uns trocados.





sábado, 12 de abril de 2014

A vida de Lewis Shuntz (parte 3)



23 de Março


A tosse não cessa. Comentei o assunto com meus amigos no bar. Quando íamos embora, um deles me deteve. Olhou-me bem sério e perguntou dos exames. Ninguém sabia do sumiço deles. Ele me alertou para tomar cuidado e achá-los o quanto antes. Quando perguntei para tomar cuidado com o que, ele se virou para ir embora, girou nos calcanhares, voltando para mim, dizendo com uma voz sombria:
"Não sei. Mas reze para que a dama não te encontre."




quarta-feira, 9 de abril de 2014

A vida de Lewis Shuntz (parte 2)


22 de Março


Algo muito estranho aconteceu ontem. Quando apaguei a luz e me deitava, jurei ter visto um vulto. Uma sombra se projetou na parede em frente à minha cama. O mais estranho é que a luz que iluminava fracamente meu quarto vinha da mesma direção que a parede onde a forma apareceu. Vi algo que parecia mãos muito ossudas de tão magras se mexeram. Logo depois, o vulto se fora.





domingo, 6 de abril de 2014

A vida de Lewis Shuntz (parte 1)

20 de março



O mês está demorando a passar. Sinto que a cada dia minha tosse piora. Meus amigos brincam de vez em quando a respeito da dama pálida vestida de negro me fazer uma visita, mas quando digo que me sinto pior, eles mudam de assunto rápido. Por algum sinistro motivo, os resultados dos exames - que, aliás, nem havia aberto - sumiram. Devo encontrá-los em alguns dias.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Limiar

Estou correndo
O vento sibilava em meus ouvidos
e batia em cheio no meu rosto,
afastando meus cabelos
Um baque, um segundo
Não senti mais o chão
A sensação de voar,
a liberdade, o mundo abaixo de mim.
Cheiros e gostos se misturavam;
cheiro de melancia em meu nariz,
gosto de terra em minha boca.
Algo frio atinge minha testa.
Sinto algo escorrendo em meu rosto.
Não há dor,
um sentimento entorpecente
me envolve por completo.
A Escuridão,
que antes eu temia.
E por fim, uma belíssima sensação
de paz que nunca tive.

segunda-feira, 31 de março de 2014

Onde você se meteu

Onde está você? Seu rosto ainda está na minha mente, mas não com tanta nitidez. Te roubaram de mim.

Lembro muito bem de ter adormecido ao seu lado, um pouco febril. Meu nariz estava queimando por causa do cheiro de álcool e minha boca estava com diferentes gostos. Lembro muito bem do seu rosto preocupado quando comecei a ficar quente. Você me levou para nosso quarto, me cobriu e ficou ao meu lado até eu adormecer. Acordei no meio da noite, quando você voltou a deitar ao meu lado. Seus braços envolveram minha cintura num aperto suave que me tranquilizou.

Mas agora você desapareceu. A cama está como antes, continuo um pouco febril e não consigo encontrá-lo. O cheiro de seu perfume ainda está no travesseiro e o cheiro de álcool quase desapareceu do ar.

Minha vista está escurecendo. Eu preciso de você, mas minhas lembranças estão desaparecendo. Procuro me apoiar em algo, mas estou fraca de mais para isso. Por favor, não vá embora. Não me abandone. Não Suma.

Seu rosto desaparece cada vez mais da minha mente.
Por favor, não vá. Eu te amo.

sexta-feira, 28 de março de 2014

Wiskys, motéis baratos

- Ale, antes que você saiba por outro, eu tenho algo a lhe contar.

Alessandra não entendia por que Marcela a olhava séria e falava num tom diferente. As duas eram amigas a 10 anos e não haviam segredos. Sua respiração acelerou.

- Quando a gente tava na festa da Bela, e você estava expulsando aqueles penetras bêbados, bem, aconteceu algo. Não sei porque, talvez porque estávamos meio bêbados, eu e o Lucas acabamos transando.

O mundo de Alessandra ruiu e desmoronou. Ela acaba de descobrir que seu noivo e sua melhor amiga a traíram na festa de sua própria irmã. Sua visão escurece e ela foge, meio cambaleando. Entra no primeiro ônibus que passa e desce em um lugar desconhecido.

Um milhão de pensamentos invadem sua mente enquanto veste a jaqueta, entra num bar e pede wísky. Ela toma cada gole bem devagar e desiste de tomar seu calmante. A última coisa que quer é desmaiar num lugar desconhecido, sem um ombro amigo para acudi-la.

Por que fizeram isso? Por que ela? Por que ele?

Essas e outras perguntas explodem em sua cabeça. Começa a andar sem sentido e pára para descansar seus pés, desacostumados a andar de sandálias.

Resolve não voltar para casa e dormir num motel. Seu telefone toca. É Marcela. Ela larga-o em cima da cama durante duas ligações. Depois, seu noivo liga.

- Eu já sei de tudo, Lucas. Não quero mais ouvir a sua voz ou a de Marcela novamente.

- Espere, Alessandra. Deixe-me...

- Não Lucas. Acabou.

Ao desligar o telefone, suas lágrimas explodem num choro. A visão dos dois trazia uma tontura. Queria um abraço, um colo em que pudesse soluçar. Mas agora seus dois portos seguros haviam afundados. Provavelmente pegaram fogo. Não importa. Ela não os veria novamente.

terça-feira, 25 de março de 2014

Tifa Lockhart

SPOILER SPOILER SPOILER SPOILER SPOILER SPOILER








Tifa Lockhart é uma personagem criada e desenvolvida por Tetsuya Nomura. Ela possui olhos castanhos, tem 20 anos, cabelos longos e castanhos amarrados próximo da ponta. Usa uma regata branca, suspensórios e minissaia pretos, cinto, botas e luvas vermelhas. No filme Advent Children ela usa roupas pretas e uma capa, e a saia é um pouco mais longa. Ela aparece nos jogos Ehgeiz, Itadaki Street Special, Itadaki Street Portable, Kingdom Hearths II, Dissidia 012 Final Fantasy e Final Fantasy VII, além de aparecer em Final Fantasy VII Advent Children, Before Crisis: Final Fantasy, Crisis Core: Final Fantasy VII e Last Order.

Tifa



Tifa nasceu em Nibelheim, tinha muitos amigos em sua infância e seu melhor amigo era Cloud Strife. Quando tinha 8 anos, a mãe de Tifa morreu, deixando a garota deprimida e confusa. Inconformada com a situação, Tifa não queria acreditar que sua mãe tinha morrido, mas sim ido p Mt. Nibel. Dessa forma, se ela conseguisse atravessar as montanhas, ela conseguiria encontrar sua mãe. Ela segue sozinha em direção à Mt. Nibel, mas Cloud a segue para garantir que ela estivesse segura. 

Porém, quando estava atravessando uma velha ponte, esta arrebenta e os dois caem. O pai de Tifa aparece e culpa Cloud, pois ele acredita que foi o garoto que levou-a até o lugar.
5 anos mais tarde, Tifa faz Cloud prometer que ele a salvaria de qualquer perigo. Logo após isso, ele se torna um SOLDIER. Após a partida do amigo, Tifa sempre se manteve atenta aos jornais e notícias, para ter noticias de Cloud, porém ela nunca mais ouviu falar dele.

Quando Tifa tinha 15 anos, ela trabalhava como guia turística nas montanhas de Nibelheim. Ela também começou a aprender artes marciais com Zangan. Um grupo de Turks a procura para que ela guie-os pelas montanhas para investigar uma falha no reator Mako. Nesta expedição estão presentes Sephiroth, Zack Fair, um SOLDIER, e dois guardas. Tifa lembra-se de quando Cloud disse-lhe que ele se tornaria um SOLDIER. Porém, Cloud era um dos guardas, pois ele não conseguiu se tornar um SOLDIER.

Após a inspeção, o grupo retornou à cidade, mas Sephiroth permaneceu no porão da mansão Shinra.  Cloud estava encarregado de proteger a entrada do reator. Pouco tempo depois, um monstro ataca Tifa, e com muito esforço, Cloud consegue portegê-la, derrotando o monstro. Ele acompanha ela até que eles chegam na cidade em segurança. Depois disso, Tifa deixa uma mensagem com Zack, expressando sua gratidão para o guarda que a socorreu. Ela também pede para que Zack contar a ela um pouco sobre os SOLDIERS.


Durante a noite, Sephiroth incendeia a cidade, após descobrir algo. Além de incendiar toda a cidade, ele mata também todos os habitantes. Tifa percorre por toda a cidade em busca de sobreviventes, e segue desesperada em direção ao reator Mako. O pai de Tifa e seus companheiros estavam guardando a entrada do reator foram todos mortos pela espada de Sephiroth.
Tifa pega a espada de Sephiroth e entra no reator para ataca-lo, cheia de ódio. Sephiroth é muito mais forte que ela e impede o ataque, deixando-a gravemente ferida.
Zack encontra Tifa ferida e tenta atacar Sephiroth, mas ele é derrotado. Cloud encontra os dois machucados no chão. 

Zangan leva Tifa em segurança para uma cidade, Midgar, e Zack e Cloud são levados pela Shinra. Tifa, ferida seriamente, não consegue se lembrar com muitos detalhes do que aconteceu nesse dia, mas desde então ela odeia a Shinra.
Em Midgar, Tifa abre um bar, o 7th Heaven, que serve de base secreta para a AVALANCHE, um grupo rebelde que luta contra a Shinra, liderado por Barret Wallace. Após um tempo, Tifa encontra Cloud, que agora é um mercenário, acaba se juntando ao grupo AVALANCHE, mas apenas pelo dinheiro. O grupo destrói vários reatores de Midgar. 

Tifa conhece Aerith Gainsborough, mas logo depois é sequestrada por Don Corneo. Aerith e Cloud, disfarçado de mulher, conseguem entrar na mansão de Don Corneo para salvar tifa e conseguem resgatá-la. Logo em seguida, o grupo AVALANCHE tenta resgatar Aerith, que foi sequestrada pelos Turks. Porém, vários membros do AVALANCHE morrem por causa do desmoronamento do reator do setor 7.ão chore.'




Então, ela viaja com algumas pessoas (Barret, Cloud, Aerith, Red XIII) pelo mundo para tentar impedir Sephiroth. No caminho, eles encontram outras pessoas que se juntam a eles na batalha. Cloud quase morre, mas ela fica cuidando dele até que ele se recupere. Eles enfrentam Sephiroth e conseguem derrotá-lo, além de impedir que um meteoro caia na terra.
Dois anos depois, uma doença assola o planeta, Geostigma, uma manifestação do Lifestream. Tifa volta a cuidar do bar 7th Heaven e cuida de Marlene de Denzel, enquanto Cloud trabalha com entregas. Quando Tifa e Marlene vão à igreja onde Aerith costumava criar suas flores, Loz, aparece, briga com Tifa e a deixa inconsciente.
Quando ela acorda, descobre que todas as matérias que estavam guardadas, foram levadas. Ela vê Cloud e ele explica que tentou impedir que Loz levasse Marlene, mas a dor do Geostigma o impediu. Reno e Rude encontram os dois e decidem ajudá-los contra Loz.

No dia seguinte, Loz e Yazoo conseguem controlar todas as crianças que tem Geostigma e colocam ela em torno de um monumento da cidade. Tifa corre até Denzel para protegê-lo e consegue tirá-lo dali. O Meteoro torna a se aproximar da terra, mas Tifa e seus amigos conseguem arremessar Cloud para cima para que ele impedisse ao invocação feita por Loz, Yazoo e Kadaj.

No fim, começa a chover, graças a Aerith, e todas as pessoas que tinham Geostigma são curadas.












Ficou meio perdido? Não se preocupe. É muito difícil falar da vida de um personagem sem mencionar tudo que acontece durante toda a história.

Para você entender um pouco melhor, se não conhece a história:

Final Fantasy VII é um jogo criado pela Square Enix e foi lançado no ano de 1997 e foi, provavelmente, o jogo mais famoso da série. Muitos são os acontecimentos do jogo e acabou que ele teve algumas copilações, como Final Fantasy VII Crisis Core, que é um jogo que mostra os acontecimentos anteriores aos de Final Fantasy VII e tem como personagem principal Zack Fair; Before Crisis, que é um jogo móvel que mostra 6 anos antes dos acontecimentos de FFVII; Dirge of Cerberus que tem como protagonista Vincent Valentine; e os filmes Last Order e Advent Children, sendo que Last Order ocorre antes do jogo e o Advent Children ocorre 2 anos depois do jogo.




Shinra – empresa que descobriu uma forma de usar o Lifestream do planeta e transformá-lo em energia, utilizando vários reatores espalhados pelo mundo.

Lifestream – energia que flui pelo planeta e tem a habilidade de criar vida. Ao se extinguir, a vida volta a fazer parte do Lifestream.

Mako – Reatores que retiram o Lifestream do planeta e permitiu o progresso dos humanos. Porém fui utilizada principalmente para fins bélicos.

Materias – contém uma pequena parte do planeta e canalizam a sua energia permitindo ao usuário ou objeto utilizar da sua magia. Há várias delas para diferentes fins. A White Materia é uma usada para proteger o planeta e a Black Materia é usada para tentar destruir o planeta.

SOLDIER – soldados de elite da Shinra. Os SOLDIERS passam por experiências e tem células de Jenova implantadas neles. Há os SOLDIERS 1ST class, 2nd class e 3th class. Os 1st class são os mais fortes e importantes.

Turks – nome não oficial do setor de investigação de assuntos gerais da Shinra. Eles executam trabalhos sujos e recrutar candidatos a SOLDIER.

AVALANCHE – grupo que quer acabar com o poder da Shinra e salvar a vida do planeta. Apesar dos bons motivos, acaba por tomar medidas violentas, por isso é tomado como grupo terrorista pela Shinra.

Sephiroth – o melhor soldado da SOLDIER, mas que foi criado a partir de experiências com as células de Jenova. A mãe que deu a luz a ele era Lucrecia. Ao saber de sua origem, se revolta com a Shinra, destrói Nilbelhein e decide destruir o planeta.

Jenova – forma extraterrestre que caiu no planeta e destruiu boa parte do planeta, 2000 anos antes dos acontecimentos de Final Fantasy VII. Foi encontrada pela Shinra e suas células foram usadas em experimentos. Caiu na Northem Crater.

Nibelhein – pequena aldeia localizada em uma montanha no sopé de Monte Nibel.

Midgar – capital e base da Shinra.

Setor – são oito setores que dividem a cidade de Midgar.

Cloud Strife – personagem principal do jogo Final Fantasy VII

Zack Fair – um SOLDIER 1st Class

Barret Wallace – líder do grupo AVALANCHE

Marlene – filha adotiva de Barret

Denzel – Garoto com Geostigma, encontrado por Cloud

Aerith Gainsborough

Red XIII – um experiment.

Geostigma – uma manifestação maligna do Lifestream

Loz – manifestação de Sephiroth

Yazoo – Manifestação de Sephiroth

Kadaj – Manifestação de Sephiroth

Rude e Reno – dois Turks

sábado, 22 de março de 2014

O fim?

Uma pessoa pode ser vista sentada na mesa que era ocupada por Miki Yuki no ano de 2005. Apenas dois sons ecoam na escola no momento. O som de alguém riscando na mesa e o som da porta mexendo. No final do corredor escuro, uma silhueta se mexe. 

quarta-feira, 19 de março de 2014

Um traço de esperança deixado para trás

É assim que vocês impedem a maldição, a voz de Miguel falava no gravador usem este depoimento como preferirem. Apenas lembrem-se de considerar todas as possibilidades de planejar as ações com cautela. Pensem que qualquer um relacionado a esta turma pode ser a pessoa que voltou da morte. Desta forma, não haverá arrependimentos.


Um gravador está em cima da mesa. Miguel e Gabriel acabaram de guardar um CD dentro de um pacote e escreveram com caneta: “aos alunos da turma B da nona série”. Eles colocaram uma fita adesiva por cima, para que a tinta não desapareça com o tempo. Abriram o armário onde encontraram a fita que iniciou a loucura da viagem mas deu esperança aos alunos da turma B. Prenderam o pacote no teto do armário e fecharam a porta. 

domingo, 16 de março de 2014

Fluxo da tristeza

Miki e Peter estão na frente do túmulo de Júlia. Luis se aproxima e coloca algumas flores no túmulo.
-Então Júlia que era a pessoa extra desse ano? Isso explica por que no ano de 2003 indicava 8 mortes, mas apenas 7 nomes estavam marcados.
Peter vira-se para Luís e pergunta:
-Luís, havia um sobrenome semelhante ao de Bruna na lista de 2003. Quem era?
-Era um primo ou irmão de Bruna. Ele morreu no ano de 2003, mais ou menos na mesma época que a professora Júlia. Estou conseguindo me lembrar muito pouco do fato.
Os três caminham para longe do túmulo da família de Peter. Luís vai na frente. Ele oferece carona para Miki e Peter, mas eles agradecem.
Peter mostra a foto para Miki:
-Você consegue ver Júlia na foto? Ninguém mais consegue vê-la.
Miki olha as fotos e afirma positivamente.
-E a cor de Júlia?
-ela tem a cor da morte – responde Miki.
Os dois ficam quietos durante um tempo.
-Será que vamos nos esquecer disso tudo no futuro? Tudo relacionado à minha tia, a viagem, vamos esquecer tudo? – perguntou Peter.
- Você quer se lembrar disso para sempre? Você não quer esquecer? – perguntou Miki.
Os dois saem do cemitério e vão andando pela rua.
-Miki, vamos a alguma galeria de arte em Londres.

-Sim – respondeu ela.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Após o incidente

Peter está de pé no quarto do hospital. Após o incêndio na casa, Peter teve uma complicação e fez uma cirurgia que irá por fim à doença dele. O professor Luis veio visitá-lo
-Peter, você já está acordado.
Luis o acompanha até o corredor do hospital. Ele está contando quais alunos foram mortos durante o incêndio na casa. Alguns alunos, Tomas, o garoto que sempre andava com Bruna e Jacqueline.
Bruna está no seu quarto, lendo um livro. Seu cabelo está agora bem curto. Miguel entra no quarto dela.
-Bruna – ele para na porta – seu cabelo está curto! Você cortou?
Ela joga o livro na cara dele.
-Ei, por que você jogou o livro em mim?
-Seu idiota – disse Bruna – é lógico que eu cortei cabelo, ele ficou todo chamuscado depois do incêndio naquela casa!
Lucas está parado no corredor, com uma perna enfaixada. Ele e Gabriel conversam animadamente. Gabriel vê Peter chegando e anda em sua direção.
-Peter, aqui está a foto de lembrança da viagem da turma.
Gabriel entrega duas fotos para Peter. Uma batida por Gabriel e a outra por Miguel.
Peter consegue ver todos presentes na foto.
-que estranho – disse Gabriel – por que tem um buraco na foto?
-o que? – perguntou Peter.
-é mesmo – disse Lucas – não há ninguém ao seu lado Gabriel. Por que você não se aproximou mais das pessoas na hora da foto?

segunda-feira, 10 de março de 2014

O Extra

Agora, a outra regra muito importante. Nada de me chamar de tia Júlia na escola. Minha vida pessoal fica separada do meu trabalho. Na escola, sou a professora Júlia, professora assistente da turma B. Entendeu?
-Peter, existe outro professor assistente em alguma sala na nossa escola? – perguntou Miki.
-Agora que você mencionou...
-Não existe. Apenas a Turma B tem professor assistente.
-Este ano – continuou Miki – a nossa sala de aula estava com o número correto de carteiras, e mesmo assim a maldição começou em abril. Isso aconteceu porque a sala que ficou faltando um assento foi a sala dos professores.
-Peter! Eu estou viva! – disse Júlia, debaixo das madeiras.
Miki se aproximou de Júlia. Peter se colocou na frente de Miki. Respirou bem fundo e pegou a foice de suas mãos.
-Eu faço isso.
Ele levantou a foice. Sua tia implorou para que ele a salvasse.
Será que Miki está certa? Será que ela não está enganada?  Peter hesitou por um instante.
-Há um ano e meio – disse Miki – eu vi sua tia caminhando para casa. Um garoto veio na direção dela e a matou com uma faca. Depois jogou o corpo no rio.
Peter então relaciona todos os fatos.
Ele nunca tinha notado, mas seus avós nunca se dirigiam à Júlia enquanto ele morou na casa. Avós estão fora do alcance da maldição da turma B. A ligação do pai perguntando como era voltar à cidade depois de um ano e meio fora. Bruna ter acertado ele com uma latinha vazia. O pássaro de sua casa só repetia o que o avô falava. Ele se lembrou de quando viu seu avô falando que estava cansado de funerais, e que sempre depois de uma morte havia um funeral.  Seu avô lamentava o nome de Bárbara e de Júlia. A sala de artes não estava aberta para os alunos do 8º ano por falta de professores. Por fim, lembrou-se do sonho que tinha alguém segurando a foto de alguém. Agora ele conseguia lembrar-se muito bem do sonho, pois o sonho era relacionado com a ida dele até Wetherby, para o funeral de sua tia Júlia.
-Acredite em mim! – implorou Miki, gritando.
Peter lembra-se de todos os sentimentos que tem por sua tia. Ela foi quase uma mãe para ele, já que sua verdadeira mãe ele só tinha as lembranças das fotos. Mas as lembranças de todos os fatos não poderia ser apenas coincidência.
Ele levanta novamente a foice.
-Peter! - sua tia grita
-Adeus, Tia Júlia – e Peter abaixou sua foice.

Adeus, mamãe. 

sexta-feira, 7 de março de 2014

Finalmente a "verdade" será revelada

Peter corre ao redor da casa gritando por Miki.
Ele a encontra perto de uma pequena casa. A porta da casa está aberta e há várias ferramentas lá. Miki está do lado de fora da casa, em frente à uma pilha de madeira, segurando uma foice.
-Peter – disse Miki – não se aproxime. Um relâmpago derrubou essas madeiras.
Dois braços começam a se mover tentando sair de baixo da pilha de troncos.
-Miki, há alguém embaixo dos troncos. Temos que ajudá-lo.
-Não o salve Peter – disse Miki – essa pessoa é o extra. Por isso você não pode salvá-lo. Eu posso ver a cor da morte nessa pessoa.
Peter hesitou.
-Então você descobriu isso agora?
Miki olha as madeiras no chão e depois para frente.
-Eu já sabia quem era o morto. Mas apenas não te disse. Porém, depois que eu escutei a fita, percebi que tinha que acabar com isso tudo.
-Sim – respondeu Peter.
A pessoa embaixo da madeira consegue se esgueirar mais para fora. Peter então consegue ver a pessoa que está saindo debaixo dos troncos.
-Não. Você tem certeza Miki? Tem certeza que essa é a pessoa extra?
Peter olhou com horror para a pessoa.

-Peter, me ajude – pediu a professora Júlia, tia de Peter.

terça-feira, 4 de março de 2014

Telefonema

Peter consegue colocar Bruna em suas costas e começa a carregá-la para fora da casa.
-Há um ano e meio atrás, eu te acertei com uma latinha vazia Peter – disse ela – você consegue se lembrar?
-Uma latinha vazia? – perguntou Peter – não consigo me lembrar.
-Peter – disse Bruna com uma expressão rigorosa no rosto – você poderia pelo menos ser um pouco educado e dizer que se lembra.
Peter coloca Bruna nas suas costas e a leva para fora da casa e coloca ela perto do carro.
-Luís, onde está Miki?
-Eu vi alguém saindo da casa alguns minutos atrás. Não pude ver quem era, mas seguiu naquela direção – Luis apontou para uma lateral da casa – Peter, você poderia ver quem era. Estou socorrendo os alunos.
Peter vai em direção da lateral da casa. Ele pega o celular e liga para Miki.
-Miki, onde você está?
-Eu estou no quintal.
-Você está bem?
-Um pouco. Não consigo me mover direito.
-Eu vou até aí. Não se mexa.
-Não venha Peter. Não quero você aqui.
-Por quê??? – grita Peter.
-Eu preciso acabar com isso.
-Não Miki, você não vai... me diga quem é.
-Não venha Peter. Você irá se arrepender.
Miki desliga o telefone. 

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Sombras do passado

Tem uma latinha vazia, perto dos pés de Bruna. Seu rosto está todo molhado de lágrimas.
-Irmão idiota. Irmão idiota. – diz ela chorando e tentando enxugar as lágrimas com a manga do uniforme – Idiota!
Ela dá um grito e chuta a latinha com todas as forças em direção ao rio. Ela continua a soluçar. A latinha voa e faz um barulho diferente ao bater em alguma coisa.
-Ai. Doeu. – diz alguém.
Ela escuta a voz e se apressa a descer o pequeno morro para ver se a pessoa está bem.
-Mil desculpas, você está bem?
Porém o morro era um pouco mais íngreme do que Bruna se lembrava e como ela desceu correndo, perdeu o equilíbrio e desceu aos tropeços. Ela cai perto da margem do rio, e reclama do corpo dolorido pela queda.
-Você está bem? – pergunta o dono da voz.
Ela levanta o rosto na direção da pessoa e vê um garoto que aparenta ter a mesma idade que ela, tem os cabelos castanhos e um pouco magro, e usa roupas informais, como calça e uma blusa clara. Ele oferece a mão para ajudá-la a se levantar do chão.
-Prazer em te conhecer. Sou Peter.
Ela hesita um pouco em pegar na mão dele.
Ela pega na mão de Peter e ele a ajuda a levantar. Ela olha para ele e não o reconhece de lugar nenhum.
-Você não mora aqui, não é?
-Não, eu vim de Londres – responde ele – você se machucou?
-Não – disse Bruna, os olhos enchendo de lágrimas – mas alguém que eu amava morreu.

-Entendo – disse Peter – estamos em situações semelhantes.