quinta-feira, 31 de outubro de 2013

This is Halloween






"No dia de Hallowen, a tênue cortina que separa o mundo dos vivos do mundo dos mortes fica mais frágil.Os mortos transitam entre os mortos sem problemas."








As crianças se fantasiam com roupas de monstros para se misturar aos verdadeiros seres sinistros.








                                     
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Como eu amo filmes Burtonianos e afins [Coraline não é do Burton] algumas pequenas inspirações do halloween





"O mundo fica sujeito a pequenas perturbações..."








 "Monstros criados a partir de experiências vagueiam pelas ruas desertas"





Mortos voltam ao mundo dos vivos





"O mal começa a ficar atrativo"

 Só para descontrair, uma cena que mostra como terminaria o apocalipse zumbi

Leia *-*




domingo, 27 de outubro de 2013

Explicações

Ele senta-se em um sofá, perto de uma mesa. Miki pega dois refrigerantes e entrega um a Peter.
-Por que você não começa a fazer perguntas? Assim nós chegaremos ao assunto mais rápido. E também será mais fácil de explicar.
-Pensei que você odiasse interrogatório. – disse ele, sorrindo um pouco.
-Hoje abrirei uma exceção.
Ela se aproxima um pouco mais dele.
-Primeiro lugar: Miki Yuki existe, certo?
-Você achou que eu fosse um fantasma?
-Por um instante, sim.
-Acho que era a sua única opção. Bem, eu existo como pessoa, sou um ser de carne e osso. Mas eu não existo para os alunos da turma B da 9ª série.
-Desde quando você “não existe”?
-Desde o fim de abril.
-Então é bem recente.
-Sim. O assunto começou a ser discutido no inicio de março. Porém, não ter contado nada a você foi um erro grave. Inicialmente, você teria que me ignorar, assim como todos os outros da turma B. Porém, o plano não foi concretizado. Ninguém conseguiu explicar a real situação para você. Agora, você partilha da mesma situação que eu.
-Então não se trata de um simples caso de preconceito – diz Peter.
-Nem todos eles pensam da mesma forma. Até mesmo os professores participam. Porém eles usam um método diferente. Eles não marcam minha presença para não chamarem meu nome.
-E eles isolam a turma na educação física para que outra turma não se envolva com a nossa situação
-Exatamente.
-Compreendo o fato que não existo mais para eles. Porém, o que os levou a agir desse jeito?
-Essa é a pergunta mais difícil, não é? Recorda-se da história de Yuki de 25 anos atrás? Esse foi o inicio. Após o ocorrido, a turma B ficou mais próxima da morte.
-Mais próximo da morte?
-O fenômeno ocorreu pela primeira vez um ano após a graduação dos colegas de Yuki. E quando ele se inicia, ao menos uma pessoa morre por mês. As vítimas podem ser estudantes ou relacionadas aos estudantes.
-Quando o fenômeno ocorre?
-O fenômeno ocorre quando o numero de estudantes da turma aumenta em um estudante.
-Aumenta? Como assim?
-Ninguém sabe. A verdade é que a turma tinha uma pessoa a mais. Ninguém sabia ou notava. Eles nunca sabem quem é o estudante extra. Não é possível diferencia-lo. Isso tudo aconteceu por causa do incidente de 25 anos atrás. Os alunos decidiram deixar a Yuki morta “continuar vivendo”. Eles continuaram com isso por um ano. Então no dia da formatura, Yuki apareceu na foto. Os “mortos” foram chamados de volta. Depois disso, a turma B se tornou um lugar para qual os mortos retornam.
-Mas...
-No ano seguinte, uma carteira faltou naquela sala. Isso aconteceu mesmo havendo carteiras para todos estudantes. Na época, ninguém se importou em procurar saber o que havia acontecido. Então, seis estudantes e suas famílias sofreram com a maldição. Um total de 16 pessoas morreram em 1981.
-Eles não poderiam consultar os registros da escola?
-Eles foram consultados e não encontraram as respostas. Os registros haviam sido alterados. Ainda estava faltando uma carteira.
-Alguém alterou os registros?
-Acredito que a palavra “alterou” esteja errada. Tudo está sendo ocultado impecavelmente. Dizem que até a memória dos alunos foram alteradas.
-Como?
-Parece impossível, concorda? Mas parece que é verdade.
O céu ficou nublado.
-Eu fui avisada que esse fenômeno poderia acontecer. Primeiramente, pensei que fosse apenas uma coincidência, e não pensei mais sobre o assunto. A partir de abril, pessoas que tinham relações com a turma B começaram a morrer.
-Por que as pessoas morrem quando há um estudante a mais na sala?
-Ninguém sabe. Isso apenas acontece. Além disso, esse estudante extra é sempre alguém que já morreu.
-Você está falando da Yuki de 25 anos atrás?
Ela balança a cabeça negativamente.
Ele se lembra do que estava escrito na mesa de Miki.
-O estudante extra é um fantasma ou algo assim?
-Acredito que seja uma existência diferente de fantasma que nós conhecemos. O estudante tem um corpo físico. É impossível identificá-lo. O estudante possui memória e não sabe que morreu. Apenas após a cerimônia de graduação a identidade daquele que está morto é revelado. Esse estudante extra desaparece e a memória dos outros volta ao normal.
-Quem são esses estudantes?
-Eles são pessoas com relações com a turma e que já morreram.
Peter arregala os olhos. Um frio percorre pela ponta dos dedos do pé e chega até sua cabeça.
-Eu acho que os que os estudantes de 25 anos atrás fizeram começou a atrair os mortos para nossa turma.
Peter põe a mão no queixo e começa a pensar.
-Para impedir o ciclo de mortes, os estudantes começaram a desenvolver vários tipos de contramedidas para escaparem da maldição.
-Exorcismos?
-É provável que sim. Eles tentaram estudar em salas diferentes. Mas não funcionou. Eles tentaram mudar o nome da turma para turma 2. E mesmo depois da construção do novo prédio, as mortes continuaram acontecendo.
-Então são os estudantes da turma B que são amaldiçoados?
-Sim.
-Então, 10 anos atrás, eles encontraram um modo de resolver o problema. Eles encontraram um modo de evitar a morte das pessoas.
-Não me diga que... – Peter não conseguiu terminar a frase.

-Eles ignoram a existência de uma pessoa para compensar a existência do aluno extra. Desse modo, o número de estudantes volta ao normal e a maldição pode ser evitada por um ano. Eu sou um amuleto de boa sorte – disse Miki, olhando fixamente para Peter.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Não existir

Peter sai da escola e vai andando pela cidade. Enquanto anda, ele começa a pensar: Desde que eu vim para cá em maio, os problemas surgiram e eu ainda não tive respostas. Será que eles não veem Miki Yuki ou ela não existe? Ele anda mais alguns passos com essas palavras na cabeça. Mas, pensa ele novamente, se eu pensar na lógica, isso faz sentido. Miki Yuki existe, mas, todos tratam a estudante Miki Yuki como se ela nunca tivesse existido.
Peter se depara com a loja de bonecas. Ele entra e vai ao andar de baixo. Lá há as mesmas bonecas de antes. Elas estão penduradas onde há espaço e encostadas em todos os lugares. Ele observa a boneca dentro do caixão semelhante a Miki, e ele olha para o lado, onde ela está.
-O que houve? – pergunta ela – eu não esperava uma ligação sua.
Ele retira os dois papéis dobrados de dentro a sua mochila e os entrega a ela. Ela desdobra o primeiro. Lá está escrito uma mensagem escrita à mão. “Desculpa. Peça detalhes à Miki” na outra folha havia uma lista dos alunos da turma B da 9ª série da turma de 2005. Um dos nomes estava com duas riscas vermelhas. Era o nome de Miki Yuki.
-Vejo que você tem uma cópia da lista dos alunos da turma B. O que deseja saber?
-Você soube que Breno morreu? Ele teve um infarto. Todos sabiam que ele tinha problemas cardíacos.
-Entendo –disse ela olhando para baixo – então a segunda morte de junho foi causada por uma doença.
-Além disso, quando eu cheguei na escola hoje, todos estavam agindo estranhamente. Acho que todos estavam me ignorando.
-Então é esse o plano deles? – pergunta Miki, de braços cruzados.
-Quer dizer que eu estou na mesma situação que você?
Ela sorri e olha nos olhos dele.
-Como é não existir?
-Não é agradável, mas estou aliviado.
-Aliviado?
-Agora eu tenho certeza que Miki Yuki existe.
Ela sorriu.
-Essa é sua casa, não é?
-Sim, eu pensei que você já soubesse disso.
-Não tem ninguém mais aqui. A senhora na recepção não mentiu quando disse que não tinha outros clientes. Foi a sua mãe que atendeu a minha ligação?
-Sim. Ela ficou surpresa. Ninguém da escola nunca ligou para mim.
-Kimiko é a sua mãe? Ela quem faz as marionetes?
-Bem, sim. Kimiko é apena um pseudônimo. Ela gosta se ser chamada de Kimiko. Ela é uma mulher estranha que vive isolada do mundo em seu ateliê. Aquela na entrada e a sogra de minha mãe, ou seja, minha avó.
-O “Y” do ateliê é o “Y” de “Yuki”?
-As coisas começaram a fazer sentido. Bem simples, não?
-E seu pai?
-Ele deve estar no meio da Ásia no momento. Ele não fica mais que um semestre aqui na Inglaterra. Ou outros 6 meses ele fica em Londres. Minha família não é nada conectada. Mas isso não é nada.
Ela mexe nas cortinas atrás do caixão e desaparece atrás delas. Ela volta e diz:
-Vamos ao segundo andar.
Ele passa pela cortina e vê Miki em frente a um elevador. Ela pressiona o botão que aponta para cima.
-Sabia que havia um elevador aqui?

Ele balança a cabeça negativamente, com a expressão do rosto um pouco espantada. Eles entram no elevador, que os leva lentamente até o segundo andar da casa.

sábado, 19 de outubro de 2013

Invisível

A morte de Laura, a irmã de João, Débora, Breno, isso será coincidência ou...
5 de junho. Peter chegou à escola. Ele anda pelos corredores, que estão com alguns alunos de várias turmas da 9ª série. Ele passa perto de uma escada. A professora Júlia está descendo as escada e passa por ele.
-Bom dia, professora Júlia. – diz Peter – está cedo, o sinal ainda não tocou.
Ela passa por ele e não o cumprimenta. Ela nem o olha. Ela se vira e desce as escadas.
Peter chega na sala de aula, abre a porta e entra. Todos os alunos já estão na sala, sentados e nenhum se vira para o barulho da porta abrindo. Lucas e Bruna estão à frente, falando alguma coisa.
-Então é isso. Acho que vocês não têm perguntas – diz Lucas.
Peter cutuca as costas do garoto que senta à sua frente, perguntando se algo aconteceu. Ele não se move. Lucas e Bruna terminam de falar e cada um se dirige à sua carteira. O professor vai à frente do quadro e fala.
-Vamos rezar pela alma de nosso colega Breno. Que ele possa descansar em paz. Muitas coisas horríveis têm acontecido. Nós estamos passando por muitos momentos difíceis. Mas não percam a esperança e não desistam. Juntos nós passaremos por estes momentos. Nós iremos conseguir sobreviver à tragédia. A professora Júlia está passando por momentos difíceis, mas ela nos ajudará o máximo que puder. Então, por favor, prometam proteger o que nós dissemos. E lembre-se de respeitar as regras da classe.
No intervalo da aula, Peter chama por Gabriel. No entanto, ele se levanta e vai embora, sem falar com Peter ou olhar para ele. O que está acontecendo? Pergunta Peter a si mesmo. Peter em seguida, sai da sala e disca o número de Miguel. Ele escuta “A operadora informa que o número para o qual você está ligando encontra-se fora de área ou desligado.”. Em seguida, Peter vê Miguel subindo as escadas e indo em direção à sala.
-Ei, Miguel! – grita Peter.
Porém ele não responde. Ele olha um pouco para a posição de Peter, mas em seguida continua seu caminho. Na sala, Gabriel e Miguel começam a conversar sobre um jogo.
-Ei! Miguel! Gabriel! – grita Peter para os dois.
Mas eles o ignoram. Gabriel se despede de Miguel e vai para fora da sala.
-Miguel! – grita Peter mais alto.
Mas nada.
-Está um pouco barulhento aqui – diz Bruna, se aproximando dos dois – o que está aprontando? Conversando sozinho?
Depois disso, ninguém mais falou com Peter ou reagiu a ele. As pessoas simplesmente se afastavam sem dizer uma palavra. Elas eram tão amigáveis na semana passada. Agora é como se não pudessem me ver... Peter prende-se a esse pensamento por um instante. Ele então se lembra de Miki falando que as pessoas não podiam vê-la. El se lembra de Gabriel falando sobre algo que poderia vir a acontecer, e que o deixaria infeliz.
Durante a aula de literatura, Peter se levanta fazendo barulho e sai da sala. Nenhum colega se importa.
-Então era disso que estavam falando? – pergunta ele para si mesmo.

Ao final da aula, ele retorna à sala e começa a guardar suas coisas na sua mochila. Dois papéis dobrados caem por entre os livros. Ele pega um deles e olha.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Chocolate quente



Há dias que o chocolate quente combina melhor com um livro do que o chá.
Chocolate Quente + A Casa de Hades


segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Salve salve o machismo nosso de cada dia

O mundo é machista. Você ainda vive sobre um teto onde o mundo está do lado dos homens e as mulheres ainda são vistas como submissas. Ainda duvida?
Homem que pega geral - o bom
Mulher que pega geral - Puta
Nas coisas do filho é encontrada uma camisinha - que lindo, o filho tá virando um homem
Nas coisas da filha é encontrada uma camisinha - POR QUEEE? no que os pais erraram na educação?
Homem beber antes dos 15 - tá virando macho
Mulher beber antes dos 15 - vai seguir caminho errado
Homem que faz balé - é viado, balé é coisa de mulher ou bicha
Se o homem quiser viajar com a namorada, os pais não se opõe
Se a mulher quiser viajar com o namorado, os pais a trancam a sete chaves
Homem que casa virgem -pfff, sem comentários
Mulher que casa virgem - Não fez nada mais certo do que isso
Homem - livre para namorar, livre para fazer sexo, livre para tudo
Mulher - tem que ser pura, senão não presta. Sexo só depois de casar e não pode fazer nada além do necessário.
Arrumar a casa - serviço de mulher
Mulher que dá mole - serve só para diversão, não presta para casar
Mulher que difícil - Não quer fazer nada que homem quer, é muito sem vontade


sábado, 12 de outubro de 2013

Sozinha


Desci, entrei na cozinha e tudo estava como no dia anterior. Exceto pela falta de alguém.
A casa estava totalmente silenciosa. Eu ouvia o farfalhar das folhas ao vento do lado de fora, a geladeira funcionando e as batidas do meu coração. O resto era silêncio absoluto, silêncio de morte.
Procuro pela casa algum sinal de vida, mas não há ninguém, somente eu. Estou sozinha em casa. Acho que dá para sobreviver.
O ritmo dos meus batimentos cardíacos acelera. Minha respiração também. Ouço passos na escada. Corro até a porta, mas ela está trancada.
Me trancaram! Como puderam fazer isso? Agora tem alguém lá em cima tentando me matar e eu não tenho para onde fugir.
Os passos se aproximam. As paredes começam a me pressionar. Não tenho mais para onde ir, não tenho um lugar para me esconder.
Talvez se eu ficar atrás desse sofá, eles não me verão. Mas o meu coração irá me trair novamente, como ele sempre faz.
Vejo a sombra de meu assassino em cima do sofá. Será meu fim.
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'Meu bem, o que você faz escondida atrás do sofá? Calma, não chore.'