sábado, 12 de outubro de 2013

Sozinha


Desci, entrei na cozinha e tudo estava como no dia anterior. Exceto pela falta de alguém.
A casa estava totalmente silenciosa. Eu ouvia o farfalhar das folhas ao vento do lado de fora, a geladeira funcionando e as batidas do meu coração. O resto era silêncio absoluto, silêncio de morte.
Procuro pela casa algum sinal de vida, mas não há ninguém, somente eu. Estou sozinha em casa. Acho que dá para sobreviver.
O ritmo dos meus batimentos cardíacos acelera. Minha respiração também. Ouço passos na escada. Corro até a porta, mas ela está trancada.
Me trancaram! Como puderam fazer isso? Agora tem alguém lá em cima tentando me matar e eu não tenho para onde fugir.
Os passos se aproximam. As paredes começam a me pressionar. Não tenho mais para onde ir, não tenho um lugar para me esconder.
Talvez se eu ficar atrás desse sofá, eles não me verão. Mas o meu coração irá me trair novamente, como ele sempre faz.
Vejo a sombra de meu assassino em cima do sofá. Será meu fim.
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'Meu bem, o que você faz escondida atrás do sofá? Calma, não chore.'

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