quarta-feira, 4 de junho de 2014

Candie Harllot

Ela estava com a cabeça pousada sobre o travesseiro, os cabelos louros jogados para trás, as pernas meio abertas, os joelhos dobrados. Seu pijama era curto, típico de quem vai encontrar alguém e não usara a roupa por muito tempo. Ela dormia num sono profundo e havia colocado um lençol em todo o corpo, protegendo a cabeça.
Levantei-me do meu esconderijo, movi em silêncio para o pé da cama, depositei minha mala no chão. Lá estava o que eu precisava: panos, seringas, insulina, fitas, clorofórmio, medidor de glicemia. Eu não precisava de levar tudo, mas ela tinha quase tudo do lado da cama. Mas alguém poderia ter a infeliz ideia de olhar o valor do medidor e comparar com o nível de glicos no sangue.
Mas ninguém olharia, pois somente eu saberia que o medidor marcará u valor falso, equivalente ao nível de insulina no sangue. As pessoas vão acreditar que foi parada cardíaca ou qualquer outra coisa, mas não explicarão porque uma jovem de 18 anos teve uma morte dessas.
Embebedo o pano com o clorofórmio e faço-a desmaiar. Ela mal luta contra o cheiro e meus braços segurando seu corpo frágil. Faço a glicemia. 95. Altero o valor no medidor dela para 300. Um número bem alto.
Pego a "caneta" verde com a insulina de efeito rápido. Rodo a parte de cima para 6 unidades. A insulina, ao penetrar no corpo dela, cairá rapidamente na corrente sanguínea e irá baixar tanto o nível da glicose do corpo dela, que irá morrer, se ninguém descobri-la antes.
ela começa a ter convulsões. Pronto. Agora aquela vagabunda vai pensar bem (ou não) antes de destruir os sonhos da esposa de seu amante.

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