quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Ray - Quarto

Emma estava me fitando enquanto brincava com a fita que estava amarrada em uma mecha dos seus cabelos úmidos. O cheiro cítrico vindo dela invadia minhas narinas e foi chegando ao meu cérebro, causando uma leve entorpecência. O moletom velho da minha mãe, grande demais para o corpo mais magro e baixo de Emma pendia de lado nos seus ombros, me convidando a abaixar a blusa de uma vez. Eu pisquei um pouco sonolento e me afastei um pouco dela. Em resposta, ela avançou novamente em minha direção, sentando-se ao meu lado. 

- Cadê seus pais, Ray? - ela perguntou em um tom de voz doce, me olhando nos olhos, ainda enrolando a fita do cabelo nos dedos. 

Minta, diga que foram jantar e já estão voltando.

- Minha mãe está viajando - respondi bobamente. Ela estava usando alguma coisa para me afetar? O que era aquilo, algum tipo de droga?

- E o Phill? Ele não era seu carona? - ela abaixou o tom de voz e se aproximou do meu ouvido ao fazer a pergunta. 

Não caia na dela Ray, ela deve estar assustada ainda com os babacas. Não faça nada que irá se arrepender depois. Diga que o Phill vai dormir aqui. 

- Ele deve ter saído com a caloura da exatas amiga da Yuki. Não acredito que venha para cá depois - ok, essa Emma deve ter me drogado. Ela deve ter espalhado alguma porcaria no meu banheiro, só pode. 

Me esforcei para levantar do sofá e fui para a cozinha para tomar um copo de água. Emma veio saltitando em minha direção e pude ver seus peitos mexendo por baixo do moletom enquanto ela se aproximava de mim. 

- Posso? - ela pegou um copo. Enchi o copo com água e dei para ela.

Ela bebeu da água e lavou nossos copos. Coloquei as mãos no bolso e voltei para o sofá. Ela continuou a me seguir. 

- Emma, acho melhor você ir dormir. Hoje foi um dia cheio, aulas, preparativos da festa, aqueles idiotas aparecendo... Vamos lá, vou te levar para o quarto. 

Ela fez um beicinho mas não protestou além disso. Mostrei para ela o quarto, e caso ela sentisse frio poderia pegar uma coberta que deixei em cima da cadeira. Se sentisse calor era só ligar o ventilador. Ela fez que sim e então fui para meu quarto para pegar o travesseiro para ir para o sofá. Ótimo. 

O cheiro cítrico ficou forte novamente. Me virei e vi Emma parada atrás de mim. Ela olhava para mim com seus olhos verdes, mais especificamente para minha boca. Não ia adiantar, era melhor falar com ela. 

- Emma - comecei e ela se sentou na minha cama, ajeitando o moletom caído no ombro - olha, não quero que a gente faça sexo para você se sentir acolhida, se você tiver com medo ou qualquer coisa assim. Eu também não estou querendo nada sério atualmente, acredito que você também não - ela assentiu - só quero deixar bem claro que não quero me aproveitar de você se você estiver se sentindo..... vulnerável. Não quero aproveitar dos seus sentimentos. Se for para transar, quero que seja bom para mim e para você. 

- Ray então além de galanteador é um cavalheiro - ela disse com a voz mais doce que antes, acho que zombando de mim - Eu percebi Ray. Eu percebi que você não tentaria nada comigo desde que nos escondemos no banheiro. Você poderia ter dito qualquer coisa para me confortar e aproveitar da situação, mas ficou calado, não fez perguntas, não tentou "encostar" em mim. Então não se preocupe, não estou atrás de você agora por qualquer motivo além da minha vontade. 

Eu fiquei surpreso com a sua objetividade ao falar. Novamente o cheiro cítrico subiu para minhas narinas e a sensação voltou. 

- Emma, você tá tentando me drogar? - perguntei com receio. Acho que era melhor trancar ela no outro quarto e deixar ela lá até amanhã se ela estivesse tentando me drogar. Além disso, se minha mãe achasse qualquer indício de drogas, eu era um filho morto. 

- Drogas? Tá doido? - ela me perguntou com surpresa - só usei os produtos que estavam no seu banheiro mesmo. 

Lembrei que meu shampoo tinha alguma coisa de laranja ou limão ou sei lá o que. Por que então o cheiro nela era tão diferente? Enquanto eu estava processando o cheiro dela em meu cérebro, ela se aproximou de mim, rebolando um pouco. A blusa continuava caindo dos seus ombros. Ela se colocou nas pontas dos pés e se aproximou do meu ouvido:

- Vem Ray - disse com uma voz calma, baixa e doce, enquanto me puxava de leve para a cama.

Olha, geralmente eu quem começo seduzindo as garotas. Poucas que iniciam o jogo da sedução e então costuma ser bem interessante quando parte delas o primeiro passo. Porém o cheiro do shampoo no cabelo de Emma estava me desconectando dos meus sentidos. 

Sentei na minha cama e Emma sentou-se de frente para mim. Ela voltou aos meus ouvidos e sussurrou: 

- Vem Ray, vamos continuar com o beijo que estávamos dando.

Antes mesmo de eu ter qualquer reação ela me beijou, com uma urgência ainda maior do que antes. Suas mãos apertaram minha nuca e meus cabelos úmidos. Sua língua parecia estar faminta de mim. Afastei-a do beijo um pouco. 

- Só para confirmar, você não está bêbada não é?

Ela riu da minha pergunta. 

- Não, estou não. Eu não posso beber muito senão prejudica meu desempenho nos treinos. Relaxa Ray, amanhã eu ainda vou me lembrar de como você é um cavalheiro galanteador e pegador. 

Ela voltou a me beijar, dessa vez me puxando para mais perto do seu corpo. É, game over. Perdi o jogo para a Emma. Me entreguei ao seus beijos. Minhas mãos procuraram seus peitos sob a blusa de moletom. Ao segurá-los, Emma me beijou com mais urgência e vontade. Ela começou a tirar minha blusa. Minhas mãos buscaram sua pele embaixo do moletom largo. Ela tinha uma pele macia e seus peitos eram firmes. Tirei sua blusa. Enquanto nos beijamos, ela desamarrou meu short e o abaixou. Ela beija meu pescoço e me dá leve mordidas. Arrepio com seus beijos e o toque de sua língua na minha pele. Seguro de leve seus cabelos úmidos entre meus dedos para sentir seu cheiro mais de perto. 

Deito Emma na cama, embaixo de mim. Começo a beijar próximo ao seu ouvido. Ela espalma uma das mãos nos meus cabelos e a outra nas costas. Uma das minhas mãos aperta de leve seu peito e ela responde ao toque, arfando. Volto a beijá-la e vou descendo os beijos pelo pescoço e para seu peito. Continuo apertando-a de leve e ela reage a cada toque meu. Sinto um arrepio na pele. Ela começa a fazer desenhos em minhas costas com as pontas do dedo. 

Emma se inclina para frente, me fazendo sentar na cama e em seguida, indo para cima de mim. Ela beija a ponta do meu nariz e meu rosto. Ela então me beija e mordisca meus lábios, em seguida meu queixo. Suas mãos tocam meu tórax e ela me abraça. Sinto seus peitos se pressionarem contra os meus, seu coração acelerado. Sinto seu cheiro cítrico e a sensação de torpor no cérebro. Viro ela de volta para a cama e volto a beijar seu colo e seus peitos. A pele macia e cheirosa do banho recém tomado me anestesiavam. Minha mão busca o cordão de sua calça e percebo que o nó está frouxo. Tiro sua calça e me surpreendo por vê-la com calcinha. 

- Que foi? Achou que eu estaria sem calcinha também? - Ela ri da minha surpresa.

Desço meus beijos dos seus peitos para sua barriga. Assim como pensei, sua barriga era bonita e firme, assim como todo o resto do seu corpo. Continuo descendo os beijos em direção à calcinha Ela se contorce sob minha língua. Beijo sua virilha e suas coxas. Ela arfa aos meus beijos e aperta com força meus braços. Seguro suas coxas com minhas mãos enquanto beijo vagarosamente ali. Suas coxas, que tanto me enlouqueceram sob as roupas, era minha vez de enlouquecê-la com meus beijos. Deslizo minha mão pelas suas coxas até sua bunda, bem firme. Aperto. 

- Ah Ray. - Ela suspira. 

Meus beijos retornam à sua calcinha. Tiro sua calcinha e Emma auxilia. Ela me puxa pela cueca e começa a tirá-la também. Emma volta a beijar meu tórax, sobe para meu pescoço e volta para meus lábios. O cheiro cítrico de seus cabelos já me entorpeceu totalmente. Ela aperta minha bunda e sua outra mão desce em direção à minha virilha. 

Meu celular emite sons de mensagens. Continuamente. Droga, por que não deixei essa porcaria no silencioso? Só faltava ser o Phill agora. Ou reclamando que não aconteceu nada e que vai voltar para cá. Espero que não, fique longe da minha casa agora Phill

Emma notou minha inquietação com as notificações do celular. 

- Quer olhar o que é? - ela perguntou em uma pausa entre os beijos. 

- Agora não - respondi - meu compromisso agora é com a senhorita Emma. 

Voltei a beijá-la. Não aguentava mais me segurar. Fui até a escrivaninha e peguei uma camisinha. Enquanto abria o pacote, ela beijou minhas costas, me arrepiando novamente. Ela riu e voltou a beijar ali, me desconcentrando da tarefa de colocar a camisinha direito. Me virei, peguei-a no colo e levei-a de volta para a cama. Deitei Emma na cama e fiquei em cima dela. Ela me olhou e sorriu. Mas era um sorriso de quem aprontou. Tipo o sorriso que eu costumo dar para cima das meninas. Então Emma me derrubou na cama com um movimento e foi para cima de mim. 

Ela se encaixou em mim e começou a se movimentar devagar. Apoiou suas mãos em meu tórax, prendeu as pernas ao lado do meu corpo e continuou os movimentos, aumentando a intensidade aos poucos. 

Minhas mãos apertam seus peitos. Ela me suspende pelos braços e me trás para mais perto dela. Nossos lábios se encontram em mais um beijo, mais faminto, mais urgente. Ela continua se movimentando e eu ajudo.

- Ahhh Ray. Ahhh - ela geme. 

Arrepio com sua voz em êxtase. Aperto seu peito com mais força e sua bunda. Ela arfa e não pára de se mover.

- Isso Ray, isso, ahhhh.

Ela inclina a cabeça para trás enquanto goza. Ver ela assim me excita mais ainda. Beijo seu pescoço enquanto continuo os movimentos. Ela continua gemendo. 

- Ah Emma, ahhh. 

Ela me aperta com força e eu gozo. 

Emma está arfando muito mais do que quando corremos da festa. Seu coração batia rapidamente e dava para ver sua pele vibrando com as pulsações. Tiro ela de cima de mim com cuidado e me livro da camisinha. Ela receia se aproximar de mim, então eu puxo ela para mim e a abraço. Ela retribui o abraço e seus cabelos fazem cócegas no meu nariz. Aguardo nossas respirações normalizarem. 

- Ei ei Ray, seu celular - ela me lembrou. 

Aff, ainda tinha a droga das notificações. Coloquei minha cueca e meu short. Fui olhar o celular. Oh droga, hoje não....

- Que foi Ray?

Phill mandou um monte de mensagens, todas confusas. O que eu entendi é que ele iria levar a Midori de volta ao dormitório e voltaria para dormir na minha casa. Mas que isso ainda iria demorar um pouco. 

- Phill vai vir para cá daqui a pouco. Merda

- Quer que eu me escondo? - ela riu debochando. 

E agora, como explicar para Emma que eu nunca trago nenhuma garota para meu quarto? E como explicar para o Phill que eu fiz exatamente o que eu digo que nunca faria, pelo menos não tão cedo? Se minha mãe tivesse aqui, ela só iria rir de mim e fazer amizade com a Emma, ela seria o pior dos meus problemas. 

-Err, não precisa, eu me viro com o Phill. Está com fome? Quer beber algo? Tomar um banho de novo, talvez?

- Acho que preciso de um pouco de água. 

Emma começou a se vestir e eu fui à cozinha. Enchi um copo com água e levei para ela. Ela tomou a água e começou a ficar sonolenta. Não a culpo, a maioria das meninas ficam assim depois. Emma foi para o outro quarto, mas antes de entrar, debochou de mim:

-Ray, o cavalheiro pegador - soprou um beijo em minha direção e foi dormir.

Vesti minha blusa, limpei a bagunça da cama e voltei para sofá, mas só fiquei deitado, olhando para o teto, esperando o Phill chegar. O que será que Emma tinha de especial que me permiti trazê-la para casa? E ainda mais, transar com ela no meu quarto. Isso era novidade até mesmo para mim. 

Phill chegou e pediu para eu abrir a porta. Ele entrou e sentou no sofá, rindo. Aquilo era novidade para mim. Phill chegando cedo, depois de levar uma garota de volta para a festa mas estava de bom humor? 

- Ok, vamos às explicações - ele começou - Cheguei na Midori. Tudo certo. Ela tava doida comigo. Fomos para o motel. Foi mal cara, sei que você tava na cola da Emma e queria levar ela também, mas Midori me puxou para o banheiro. Aí sabe como é né? Banheiro, aquele canto apertado, a adrenalina de alguém bater na porta porque quer usar.... Ela só me mandou ficar calado por um tempo e depois voltamos a nos pegar. Não deu para esperar vocês dois. 

Eu ri. Não só da situação muito mais cômica e feliz do Phill, mas porque eu também estive dentro do banheiro com a garota que eu queria pegar, mas sob circunstâncias diferentes. 

- Aí tá, transamos, esqueci de levar camisinha, mas parece que ela tinha, o que foi um alívio. Aí depois ela me avisa "Ah Phill" - ele imitou uma voz feminina, mas sem debochar - "não posso voltar para casa tarde sozinha, tem como você me levar de volta para o dormitório? Vou dormir no quarto da Yuki".Tá, ok, levo a garota de volta para a festa. Ficamos um pouco na festa, te procurei e não achei mais ninguém conhecido. Só ouvi uns boatos que teve uma briga na festa. Já que não te encontrei, presumi que você tinha voltado para casa. 

Ouvi a versão resumida da história do Phill. Ri novamente da ironia da minha situação e da situação dele. 

- Ah, e tem outra coisa - ele adicionou - quando eu fui levar a Midori para a festa, ela reclamou comigo. 

- Reclamou? Como assim? Você fez algo errado ou não deu conta?

Phill me deu um soco.

- Não cara, não é isso. Ela disse "não se aproxime da minha amiga Yuki, nem você, nem seu amigo moreno bonito. Fiquem vocês dois longe dela". Bom, eu não tô com muito interesse na nossa coleguinha nerd que vive isolada. Você tá?

Lembrei da Yuki na sala. As roupas normais, sem mostrar muito seu corpo. Nada chamativa, a não ser pela cor dos cabelos e da pele e por ser um pouco mais alta que a maioria das meninas. Mas nada que me atraísse. Fiz que não com a cabeça. 

- E aí cara, fico te devendo uma por furar seu programa com a Emma, te compenso depois - Phill disse, apertando meus ombros e mexendo no meu cabelo - Posso beber um gole d'água?

- Errr, sobre a Emma, você não vai acreditar Phill - disse para ele quando ele voltava da cozinha com o copo de água - é melhor você sentar. 

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