domingo, 2 de fevereiro de 2014

uma cena inacreditável

-Peter, Miki. Pode parecer repentino, mas vocês se lembram de um garoto chamado Lucas? Poderiam descrevê-lo?
-Do que você está falando Miguel? Lucas é nosso representante de turma. Ele usa óculos e tem cabelo preto. E é seu amigo de infância.
Miguel fica mais desesperado. Ele desaba, sentando-se no chão.
-Isso é ruim, isso é ruim.
-Ruim? – pergunta Peter.
-Acho que cometi um erro.
-Erro? – pergunta Peter, achando tudo estranho.
-Eu... Eu. Estava conversando com Lucas, e ele começou a agir de forma estranha. E aí, eu o matei!
Miguel começa a chorar desesperadamente.
-Eu perguntei para ele algumas coisas e ele disse que não se lembrava de nossas brincadeiras de infância, nem nada. Me ocorreu que ele poderia ser o extra. Então, perguntei se ele era o verdadeiro Lucas, ele ficou nervoso e começou a tentar me bater. Eu o empurrei para longe, ele escorregou em algo e caiu da sacada do quarto. Quando olhei para baixo, ele estava imóvel no chão. Eu sei que se o extra morrer a existência dele será apagada, mas vocês dizem que o conhecem, então eu cometi um terrível engano.
-Bom, talvez ele ainda não esteja morto – disse Miki – apesar de ele ter caído do segundo andar, ele pode ter apenas desmaiado. E você não foi checar pessoalmente se ele estava morto.
Uma pequena esperança iluminou nos olhos de Miguel.
-vamos olha o Lucas, Miguel – disse Peter.
-Peter, Miguel – disse Miki aos garotos – o extra não é Lucas.

Enquanto eles vão em direção ao lado de fora da escola para verificar se Lucas estava vivo, Peter estava pensando que o motivo pelo qual Miguel pensou que Lucas poderia ser o morto era errado. Afinal, o morto tem memórias e não sabe que estaria morto.

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