-Peter, Miki. Pode parecer repentino, mas vocês se lembram
de um garoto chamado Lucas? Poderiam descrevê-lo?
-Do que você está falando Miguel? Lucas é nosso
representante de turma. Ele usa óculos e tem cabelo preto. E é seu amigo de
infância.
Miguel fica mais desesperado. Ele desaba, sentando-se no
chão.
-Isso é ruim, isso é ruim.
-Ruim? – pergunta Peter.
-Acho que cometi um erro.
-Erro? – pergunta Peter, achando tudo estranho.
-Eu... Eu. Estava conversando com Lucas, e ele começou a
agir de forma estranha. E aí, eu o matei!
Miguel começa a chorar desesperadamente.
-Eu perguntei para ele algumas coisas e ele disse que não se
lembrava de nossas brincadeiras de infância, nem nada. Me ocorreu que ele
poderia ser o extra. Então, perguntei se ele era o verdadeiro Lucas, ele ficou
nervoso e começou a tentar me bater. Eu o empurrei para longe, ele escorregou
em algo e caiu da sacada do quarto. Quando olhei para baixo, ele estava imóvel no
chão. Eu sei que se o extra morrer a existência dele será apagada, mas vocês
dizem que o conhecem, então eu cometi um terrível engano.
-Bom, talvez ele ainda não esteja morto – disse Miki –
apesar de ele ter caído do segundo andar, ele pode ter apenas desmaiado. E você
não foi checar pessoalmente se ele estava morto.
Uma pequena esperança iluminou nos olhos de Miguel.
-vamos olha o Lucas, Miguel – disse Peter.
-Peter, Miguel – disse Miki aos garotos – o extra não é
Lucas.
Enquanto eles vão em direção ao lado de fora da escola para
verificar se Lucas estava vivo, Peter estava pensando que o motivo pelo qual
Miguel pensou que Lucas poderia ser o morto era errado. Afinal, o morto tem
memórias e não sabe que estaria morto.
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