Agora,
a outra regra muito importante. Nada de me chamar de tia Júlia na escola. Minha
vida pessoal fica separada do meu trabalho. Na escola, sou a professora Júlia,
professora assistente da turma B. Entendeu?
-Peter, existe outro professor assistente
em alguma sala na nossa escola? – perguntou Miki.
-Agora que você mencionou...
-Não existe. Apenas a Turma B tem
professor assistente.
-Este ano – continuou Miki – a
nossa sala de aula estava com o número correto de carteiras, e mesmo assim a
maldição começou em abril. Isso aconteceu porque a sala que ficou faltando um
assento foi a sala dos professores.
-Peter! Eu estou viva! – disse
Júlia, debaixo das madeiras.
Miki se aproximou de Júlia. Peter
se colocou na frente de Miki. Respirou bem fundo e pegou a foice de suas mãos.
-Eu faço isso.
Ele levantou a foice. Sua tia
implorou para que ele a salvasse.
Será
que Miki está certa? Será que ela não está enganada? Peter hesitou por um instante.
-Há um ano e meio – disse Miki – eu
vi sua tia caminhando para casa. Um garoto veio na direção dela e a matou com
uma faca. Depois jogou o corpo no rio.
Peter então relaciona todos os
fatos.
Ele nunca tinha notado, mas seus
avós nunca se dirigiam à Júlia enquanto ele morou na casa. Avós estão fora do
alcance da maldição da turma B. A ligação do pai perguntando como era voltar à
cidade depois de um ano e meio fora. Bruna ter acertado ele com uma latinha
vazia. O pássaro de sua casa só repetia o que o avô falava. Ele se lembrou de
quando viu seu avô falando que estava cansado de funerais, e que sempre depois
de uma morte havia um funeral. Seu avô
lamentava o nome de Bárbara e de Júlia. A sala de artes não estava aberta para
os alunos do 8º ano por falta de professores. Por fim, lembrou-se do sonho que
tinha alguém segurando a foto de alguém. Agora ele conseguia lembrar-se muito
bem do sonho, pois o sonho era relacionado com a ida dele até Wetherby, para o
funeral de sua tia Júlia.
-Acredite em mim! – implorou Miki,
gritando.
Peter lembra-se de todos os
sentimentos que tem por sua tia. Ela foi quase uma mãe para ele, já que sua
verdadeira mãe ele só tinha as lembranças das fotos. Mas as lembranças de todos
os fatos não poderia ser apenas coincidência.
Ele levanta novamente a foice.
-Peter! - sua tia grita
-Adeus, Tia Júlia – e Peter abaixou
sua foice.
Adeus,
mamãe.
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