quinta-feira, 2 de maio de 2013

O sopro da morte


Peter vai andando pela cidade. Do que será que o irmão dela tem medo? Pergunta para si mesmo. Ele começa a lembrar do inicio do acontecimento com Laura. Naquele dia, lembra-se ele, Laura saiu em disparada em direção à escada leste, que era a mais próxima da sala de aula. Mas no momento que ela nos viu, ela se dirigiu à escada oeste, que era a mais longe de nossa sala. Será que se ela tivesse tomado a escada leste, teria evitado esse acidente? Por que será que ela mudou de ideia? Ela me viu u viu Miki, portanto... Peter para em frente a uma caminhonete estacionada. Na caçamba, há vários vidros grandes, amarrados à suportes.
-Olha quem eu encontro! – gritou uma voz feminina.
Uma garota de cabelos bem curtos e louros se aproxima de Peter. Essa garota é Luísa, ela é bem magra e está usando roupas leves e um boné. Ela se aproxima dele e pergunta:
-Está matando aula, Peter?
-Não, eu estava no hospital.
-É mesmo – diz ela, começando a rir.
-Luísa, e você? Está doente?
-Ah, sim – começando a tossir de um jeito bem falso – Cof Cof. Estou um pouco – termina de fingir a tosse e depois olha para ele.
-Luísa, você é uma excelente atriz – diz ele, rindo.
-Apesar das circunstâncias, agradeço muito seu elogio – diz ela, abrindo um sorriso.
-Agradece? – perguntou ele, intrigado.
-Sim. Isso significa que as aulas que estou frequentando estão funcionando.
-Aulas de que? – pergunta ele curioso.
-“Ser ou não ser” – começa ela, com uma cara séria, fingindo estar segurando algo – “eis a questão”.
-Ah. Você está fazendo aulas de teatro. Que legal.
-Sim, e Bru também.
-Bru? – pergunta ele, tentando se lembrar onde ele já tinha escutado esse apelido.
-Bru é a Bruna. Ela faz aulas de teatro também. Ela tem uma personalidade bem dramática, isso ajuda bastante nas aulas. Além disso, ela não é má pessoa. Por isso, eu espero que você possa compreendê-la.
-Acho que compreendo...
Nesse momento, um vento forte soprou. Uma placa de trânnsito tremeu um pouco e os vidros da caçamba começaram a balançar. A corda que prendia uma das placas desamarrou e o vidro tombou para frente rapidamente. Peter olhou para os vidros deu um pulo para frente, agarrando Luísa. Os dois caíram no chão. Ao mesmo tempo, o vidro se espatifou em milhares de pedaços ao cair no chão, exatamente onde eles se encontravam meio segundo atrás.
Peter olhou para onde eles estavam conversando e viu muitos cacos de vidro espalhados. Luísa entrou em pânico. Ela começou a chorar.
-Não. Não Nãão! Eu não quero morrer!!!
Um carro atravessou a rua ao lado deles. Dois homens saíram de dentro de uma loja, em frente à caminhonete. Eles correram em direção aos cacos, assustados.

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