terça-feira, 20 de agosto de 2013

A segunda

Porém, o elevador começa a dar alguns pequenos solavancos. A máquina que controla o cabo de aço segura o elevador começa a travar e soltar pequenas faíscas. Em segundos, as faíscas aumentam, o cabo de aço que está na roldana começa a perder o atrito e ele arrebenta. Com o cabo arrebentado, o elevador começa a cair e ganhar velocidade. O cabo vai desenrolando de outras roldanas com mais velocidade. Débora não consegue manter o equilíbrio. Ela começa a ser jogada de um lado para o outro dentro do elevador, por causa da força e velocidade que ele está caindo. O celular cai de sua mãe e ela começa a gritar.
-Débora? O que está acontecendo? Pode me ouvir? – perguntou Peter.
Peter escuta os barulhos, mas não consegue imaginar o que pode estar acontecendo. Os números que indicam o andar disparam em ordem decrescente, desde o 10º andar até o piso do subsolo. Débora consegue acompanhar com os olhos arregalados sua queda. Ela olha para cima a tempo de ver algo despencando em cima dela. Então, o elevador chega ao subsolo com muita força e velocidade, causando um estrondo. Débora cai no chão e arrebenta o rosto. O teto do elevador despenca em cima dela, esmagando todo o seu corpo. Muita poeira é levantada no subsolo.
Peter, completamente assustado, escuta a queda e os últimos suspiros de Débora. Ele escuta ainda o cabo terminando de cair da roldana, e por fim, o celular fica em completo silêncio.

A poeira levantada cobre toda a área perto do elevador. O celular de Débora não sofreu muitos danos, e está um pouco fora dos destroços. O sangue de Débora começa a escorrer e logo se espalha por todo o chão, até alcançar o celular.

Nenhum comentário:

Postar um comentário