Porém, o elevador começa a dar alguns pequenos solavancos. A
máquina que controla o cabo de aço segura o elevador começa a travar e soltar
pequenas faíscas. Em segundos, as faíscas aumentam, o cabo de aço que está na
roldana começa a perder o atrito e ele arrebenta. Com o cabo arrebentado, o
elevador começa a cair e ganhar velocidade. O cabo vai desenrolando de outras
roldanas com mais velocidade. Débora não consegue manter o equilíbrio. Ela
começa a ser jogada de um lado para o outro dentro do elevador, por causa da
força e velocidade que ele está caindo. O celular cai de sua mãe e ela começa a
gritar.
-Débora? O que está acontecendo? Pode me ouvir? – perguntou
Peter.
Peter escuta os barulhos, mas não consegue imaginar o que
pode estar acontecendo. Os números que indicam o andar disparam em ordem
decrescente, desde o 10º andar até o piso do subsolo. Débora consegue
acompanhar com os olhos arregalados sua queda. Ela olha para cima a tempo de ver
algo despencando em cima dela. Então, o elevador chega ao subsolo com muita
força e velocidade, causando um estrondo. Débora cai no chão e arrebenta o
rosto. O teto do elevador despenca em cima dela, esmagando todo o seu corpo.
Muita poeira é levantada no subsolo.
Peter, completamente assustado, escuta a queda e os últimos
suspiros de Débora. Ele escuta ainda o cabo terminando de cair da roldana, e
por fim, o celular fica em completo silêncio.
A poeira levantada cobre toda a área perto do elevador. O celular
de Débora não sofreu muitos danos, e está um pouco fora dos destroços. O sangue
de Débora começa a escorrer e logo se espalha por todo o chão, até alcançar o
celular.
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