-Jamais imaginei que aconteceria esse ano – disse Tomas.
-Existem duas possibilidades: – disse Jacqueline, arrumando
os óculos - não irá acontecer esse ano e
a morte de Laura foi uma triste coincidência. Ou então, isso começou em maio.
-Como responsável pelas contramedidas – fala Bruna – não
posso pensar apenas de maneira positiva. Se fosse apenas Laura, tudo bem, mas a
mãe dela também morreu.
-Será que isso está acontecendo porque ele quebrou as
regras?
-De qualquer modo – Tomas começa a falar – por que colocaram
um estudante transferido na turma B?
-Essa foi uma atitude insensata por parte da escola – disse
Bruna, fechando os olhos – o novo diretor não compreende a nossa delicada
situação.
-não acha que os professores deveriam tentar conversar com
ele? – perguntou tomas.
-Os professores estão agindo como eles deveriam agir. Eles
estão mantendo a situação sob controle.
– respondeu Jacque.
-Então, os professores ficam fora enquanto... – disse Tomas,
chateado.
-Tudo isso porque eu faltei no primeiro dia de aula dele –
diz Bruna, revoltada consigo mesma – se ele tivesse sido avisado, isso não
teria acontecido.
Jacqueline põe a mão no ombro de Bruna. Bruna olha para ela
-Não podemos fazer nada. A questão é, o que fazer agora?
-E como explicar nossa situação para ele? – pergunta Tomas.
-Será difícil explicar nossa delicada situação para ele. –
fala Jacqueline.
-Explicar de uma maneira mal-explicada será perigoso. – Diz
Bruna.
-Estamos presos em nossa própria armadilha, não é? –
pergunta Jacqueline, fechando os olhos e levantando a cabeça um pouco.
-Esta é uma situação parecida com que essa turma enfrentou 2
anos atrás. Será que teremos que inventar novas contramedidas? - diz Bruna, com a mão no queixo, pensando.
Ela se levanta e vai ao banheiro.
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