sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Passado

Depois disso, Peter foi buscar alguma coisa em seu armário e Miki voltou ao clube de artes. Quando os dois estavam voltando para casa, Miki contou que encontrou com uma colega no clube de arte que havia sido da turma B no ano de 2003. Miki contou a Peter que perguntou algumas coisas para ela, pois ela escutou alguns rumores dos inexistentes, vindo do Gabriel. Ela contou que se lembrava de pouca coisa de 2003. Miki perguntou sobre Luara, mas a garota não conseguia lembra-se desse nome. Miki então pergunta do inexistente, e a garota conta o caso, de quando ele exigiu que fosse reconhecido, e depois de sua morte.
 No jantar, Júlia é a primeira a terminar. Ela começa a se levantar da mesa, mas Peter chama por ela.
-Ah, espere tia Ju. Eu gostaria de perguntar uma coisa.
Ela senta-se novamente à mesa.
-Pode perguntar, Peter. – disse ela sorrindo.
-Você disse que gostaria de ter sido estudante de artes, não é?
-Sim, eu costumava falar com minha irmã sobre essas coisas assim.
-Sua irmã, minha mãe?
-Isso mesmo. Ela era minha melhor amiga. Quando eu tinha a sua idade, eu queria entrar numa universidade de artes, porém meu pai foi contra.
-O vovô? – perguntou Peter, olhando para o avô.
-Sim, eu briguei com ele e somente Bárbara ficou do meu lado. Eu estava feliz por isso.
-Ahn, tia. No ano que você estudou na 9ª série, na turma B, foi um ano que aconteceu um desastre, certo? Eu ouvi do Luís. Você sabe que havia um aluno extra naquele ano, certo, tia.
-Sim, eu sei.
-Eu quero confirmar se 15 anos atrás, a morte de minha mãe nessa cidade foi considerada parte da maldição.
-Peter... – começou Júlia, colocando as mãos no rosto, cobrindo-o totalmente – perdoe-me Peter. Eu sinto muito.
Ela começou a chorar. A avó de Peter sentou-se ao lado do avô.
-Eu sinto muito Peter. Eu não pude fazer nada.
-Minha pobre Bárbara. – lamentou-se o avô – minha pobre Bárbara, minha pobre Júlia.
-Pare de dizer coisas assim – disse a avó – venha, vamos descansar.
-Eu não tenho certeza sobre minha irmã – começou Júlia – mas creio que o ciclo de mortes foi interrompido naquele ano.
-“Impedido”? Espera. Impedido naquele ano? Como – Peter começou a perguntar desesperado para Júlia.
-Eu não me lembro.
-Tente se lembrar, de alguma coisa, por favor.

-Bom, não tenho certeza, mas parece que aconteceu alguma coisa durante a excursão no verão.

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