Peter está andando no corredor da sua sala. As paredes estão
escuras, mas pode-se ver um tom avermelhado nelas.
Quem está morto? É
a voz de Miki. Ela está parada na sua frente.
Ele se vira e vê Gabriel, Lucas e Miguel parados atrás dele.
Quem é a pessoa extra?
Dessa vez é outra voz.
Ele então entra na sala. Estão todos os alunos, olhando para
ele.
Quem está morto?
Perguntam para ele.
Ele sai correndo da sala aflito e se depara com Miki de
novo. Quem está morto...
Ele se vira de novo e encontra ele mesmo na sua frente. Quem está morto é você.
Sou eu? Impossível.
A pessoa morta não
sabe que está morto, não foi isso que te contaram? Perguntou o outro Peter.
no início de abril, o número de cadeiras
era o suficiente, mas em maio faltou uma cadeira, já que você foi transferido
para a escola. Se você pensar um pouco, nós somos o estudante extra desse ano.
O morto sou eu?
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH
Peter acorda suando e assustado. Ele respira algumas vezes,
tentando se acalmar e começa a pensar.
-Todo ano – diz ele para si mesmo – a pessoa extra é alguém
que faleceu. E essa maldição atinge apenas colegas e membros da família dentro
de duas gerações. Mas nada acontece se você deixar a cidade. Por causa dessa
maldição muitas vidas foram perdidas. Por quanto tempo eu morei aqui? – a
dúvida começa corroer Peter – os familiares de duas gerações podem ser vítimas.
Tia Júlia... eu nasci aqui quando minha tia estava na turma B, mas a relação
dela comigo é tia e sobrinho, então acho que isso significa que são 3 gerações.
É impossível, é impossível – dizia Peter a si mesmo, tentando se acalmar.
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