No dia seguinte, por volta das 3 da tarde, Peter e Miguel
chegam na escola. O dia está muito nublado e um pouco escuro. Está fazendo um
pouco de frio, mas não há vento. Eles estão caminhando em direção da entrada
quando escutam uma voz:
-Peter. Miguel. O que vocês que não participam de clube
nenhum fazem aqui?
Era Luísa, acompanhada de Vera, uma garota com cabelos
curtos e com presilhas. Ela é sempre bem educada com todos os colegas de sala.
-Eles devem estar com saudades das aulas, Luísa. – disse
ela, sorrindo.
-Vamos nos encontrar com o Gabriel. E vocês, por que estão
aqui?
Elas se olharam e disseram:
-Nós estamos procurando pelo professor Luis.
-Vocês procuraram na biblioteca menor, no outro prédio?
-Ah, não, ele não está na biblioteca agora. Ele é o
professor responsável pelo clube de teatro. – disse Luísa.
Miguel e Peter assustaram –se.
-Luís? O mesmo que assusta todos com aquele jeito esquisito?
– perguntou Miguel.
-Ele é ótimo. Mas e vocês? O que estão fazendo aqui?
Eles se entreolharam e Peter disse:
-Estamos procurando um jeito de interromper a maldição. Não
sabemos de nada ainda, mas se descobrirmos, vamos revelar para a turma.
-Há um jeito? – perguntou Vera.
-Acreditamos que sim.
-Bom, vamos embora, Vera. Até mais Peter, Miguel.
Elas se viram em direção à saída e caminham lentamente.
Os dois entram no prédio e vão até a sala de artes. Eles
tentam a porta, e ela está destrancada. Eles abrem e entram na sala, esperando
encontra Gabriel, mas é Miki que está lá dentro.
-Miki? O que você está fazendo aqui? – perguntou Miguel
espantado.
-Eu estava entediada em casa e vim aqui desenhar.
-Onde está Gabriel? – perguntou Peter.
-Eu não sei. E vocês? O que vieram fazer aqui junto com
Gabriel?
-Ah, bem...- começou Miguel.
-Desculpem! – disse Gabriel, entrando rápido na sala.
Ela observa os três.
-Nós vamos explorar, sabe... – disse Miguel.
-E qual lugar que vocês desejam explorar? – perguntou ela,
sorrindo.
Eles vão até onde há uma placa indicando “não ultrapasse”,
pendurada em uma escada. Essa escada dá acesso para algumas salas do prédio
antigo. Eles param diante dela e ficam olhando por um tempo. Miki dá um passo a
frente, passa por cima da placa, começa a subir as escadas. Eles vão logo atrás
dela.
Começa a chover do lado de fora. As gotas de chuva caem na
janela, fazendo barulho. Eles percorrem pelo corredor, procurando a sala da
antiga turma B.
-Deve de ser a segunda sala. – disse Miki – há um tempo atrás,
eram sempre 5 turmas da nossa série.
Eles abrem a porta e entram na sala. Os três meninos acendem
as lanternas que trouxeram e iluminam a sala. Ela está entulhada de coisas
antigas da escola, caixas cheias de livros, o armário da sala está no canto enferrujando,
e ao passarem perto de uma carteira, ela tem um monte de poeira levantada. Eles
começam a procurar entre as caixas, perto das mesas, olhando por tudo, e Miki
se aproxima das coisas da janela, pois lá há claridade.
Peter abre algumas caixas e folheia alguns livros. Miki
encontra um caixa aberta com algumas fantasias dentro, enquanto Miguel abre as
portas dos armários. Gabriel afasta algum material empacotado e o coloca no
lugar.
-O que vocês estão procurando não deve estar num lugar muito
fácil de achar, senão qualquer pessoa tiraria do lugar. – disse Miki.
-E também não pode estar num lugar muito difícil, pois não
faria sentido deixá-lo para os futuros estudantes. – Disse Miguel.
-Deve estar em algum lugar que ainda não olhamos. – falou
Gabriel.
Peter olha ao redor e vai na direção dos armários que Miguel
abriu anteriormente. Ele olha no interior, afasta as coisas e olha para cima
para pensar. Então ele vê algo, um pacote preso com fitas marrons no teto do
armário. Peter arranca o pacote do teto e mostra aos outros.
Havia algo escrito na parte que se encontrava contra o teto
do armário.
-Deixe-me ver... “Aos futuros alunos da turma B que estão
sofrendo com os infelizes acidentes dessa turma.”
-Bingo! – disse Miguel, animado.
-Encontramos, Victor deve ter escrito isso – disse Gabriel.
Peter abriu com cuidado o pacote. Depois de aberto, eles
encontraram uma fita cassete dentro. Eles foram até uma sala onde havia alguns
materiais de rádio.
-Mesmo que não há ninguém aqui, acha que não terá problema?
– perguntou Peter.
-Desde que ninguém descubra, não tem problema.
Eles entraram na sala e fecharam a porta. Gabriel encontrou
o tocador apropriado e colocou a fita e apertou o botão para começar.
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