domingo, 5 de janeiro de 2014

O que foi deixado

Durante a semana, Peter, Miguel e Gabriel voltam à lanchonete. Eles estão na mesma mesa que estiveram antes conversando sobre Victor, e é sobre ele que eles conversam novamente.
-O que você acha que ele quis dizer com “Foi por isso que eu deixei aquilo lá, em segredo”? – perguntou Miguel.
-Vai ver ele descobriu o porque de sempre ter algum aluno extra. Ou então...
Vários homens entram na lanchonete, um deles senta-se de costas para os garotos, no balcão. Daniela vai atendê-los e nota que Victor está entre eles. Eles pedem algumas bebidas e começam a rir enquanto bebem.
Ela vai até a mesa dos garotos e fala:
-Ei, Victor está aí hoje. Querem tentar falar com ele?
OS três concordam com a cabeça, levantam-se e Daniela aponta para o homem da ponta do grupo. Eles se aproximam dele e começam a conversar.
-Victor, nós somos estudantes da turma B e ficamos sabendo que você conseguiu alguma coisa na excursão de 15 anos atrás. Ocorreu um acidente, não foi? – Miguel perguntou a ele.
-Sim, eu me lembro de pouca coisa daquela viagem – disse ele, bebendo – lembro de que fomos num templo, de alguém ter morrido nas montanhas.
-você se lembra se o acidente ocorreu antes ou depois de vocês visitarem o templo? – perguntou Peter.
-Eu não me lembro. – disse ele, bebendo mais.
-Você disse alguma coisa sobre ter deixado alguma pista para os alunos. Se lembra do que era e onde a deixou?
-Não me lembro, não consigo.
Ele terminou de beber o que tinha dentro do copo, abaixou a cabeça e ficou quieto um instante. Então ele levanta a cabeça, os olhos fitando o vazio, bem abertos.

-Eu ... –disse ele baixinho, obrigando os garotos a se aproximarem – deixei algo na sala. Eu os protegi, deixando lá na sala de aula. Tenho certeza.
Eles deixaram Victor, pois ele se levantou, deixou o dinheiro na bancada e foi embora.
-Na sala de aula? – perguntou Miguel.
-Ele deve estar falando da antiga sala da turma B, que era no antigo prédio da escola.
-Então já sabemos onde procurar – disse Miguel.
-Não vamos contar para ninguém ainda. – diz Miguel – vamos deixar Bruna e Lucas de fora até termos certeza de que é algo importante ou que a ajuda deles será necessária.
-Bom, que tal começarmos a procurar hoje? – perguntou Miguel.
-Eu vou ter que sair com minha família – disse Gabriel – que tal a noite?
-Aí poderíamos pedir para Luis abrir para a gente. – Disse Peter.
-De noite não, fica difícil procurar no escuro – disse Miguel.
-Que tal amanhã de tarde? Nós poderíamos nos reunir em alguma sala – sugeriu Peter.
-Poderíamos nos reunir na sala de artes. Fica no prédio antigo, eu tenho a chave e os alunos não tem ido por causa das férias. – disse Gabriel.
-Perfeito – concordaram os outros dois.

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