quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

um sinal discreto para resolver o problema

Miguel e Gabriel entram pela porta e Daniela dá boas vindas a eles.
-Desculpe nosso atraso – diz Miguel sorridente.
Miguel está usando uma camisa floral verde e Gabriel está usando uma camisa clara, com uma imagem dos relógios de Dalí estampados. Bruna fecha a cara com a chegada dos dois, levanta-se, pega sua xícara e vai até a cadeira do lado de Peter.
-Você me odeia tanto assim, Bruna? – pergunta Miguel, despontado.
-Você quer mesmo saber? –pergunta ela, sarcástica.
-Ah esquece, temos algo mais importante.
Miguel e Gabriel ocupam as cadeiras vagas. Miguel senta de frente para Peter e Gabriel senta-se de frente para Bruna.
-Qual o assunto que vocês querem discutir? – Bruna pergunta.
-Gabriel, fale – Miguel vira-se para Gabriel.
-Sabe – começou ele – apesar de nossas mães serem diferentes, Daniela é minha irmã, isso significa que ela também pode sofrer com a maldição. Eu não poderia simplesmente ficar de braços cruzados.
-Você contou para ela a situação? – perguntou Peter.
-Sim, eu contei tudo. Ela estudou na mesma escola que a gente, e apesar de não ter sido da turma B, ela sabe as regras da nossa turma e me levou a sério.
Bruna observa Daniela e os garotos. Então, algo que Miguel diz chama-lhe a atenção.

-Gabriel – diz Miguel – você disse a ela sobre a nossa viagem do mês que vem, não disse? Então chegou o momento. Existe uma informação muito importante que conseguimos, através de Daniela.
Daniela se aproxima da mesa, fazendo um sinal afirmativo com a cabeça. Os quatro olham atentamente para ela. Ela puxa uma cadeira e senta na ponta da mesa.
-Um dos nossos clientes se chama Victor. Ele vem aqui semanalmente e eu sabia que ele tinha estudado na Wheterby, mas só recentemente descobri que ele estudou na turma B. Reuni coragem e perguntei se no ano que ele estudou houve a maldição. Ele então disse “naquele ano... sim, naquele agosto de 1980... eu me lembro da maldição.” Ele então bebeu um pouco mais.
-Ele disse – continuou Daniela – “a maldição naquele ano não foi minha culpa” ele cobriu o rosto com as mãos e disse ainda “eu salvei todos, eu precisava contar para eles. Foi por isso que eu deixei aquilo lá, em segredo”. Isso aconteceu há umas duas semanas. Desde então, venho perguntando para ele, mas ele não se lembra de nada.
-O que ele deixou? O que será aquilo? – perguntou Peter.
-Isso não está te deixando curiosa? – perguntou Miguel, virando se para Bruna.
-Será que esse tal de Victor conseguiu interromper o ciclo de mortes? Será que ele deixou alguma pista em algum lugar?
Os quatro ficam pensando por um instante.
-Se tivesse um meio de contatar ele... – diz Miguel.
Bruna então levanta a cabeça e vira-se para Peter.
-Peter, você não conhece uma pessoa que estudou com Victor na turma B?
Peter entende o que ela quis dizer.

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